segunda-feira, 28 de março de 2011

Comédia romântica; Só por hoje

Dessa vez meu coração só terá a função de bombear meu sangue. Não, ele não disparará mais, sabe por quê? Não quero mais saber de relações incorretas, ou paixões não correspondidas. É, dessa vez será somente eu e meu amor próprio, e nada mais nos separará.
 Pode parar de fazer charme querido, agora apenas matemática me atrai, são formulas e resultados certos, nada de incógnito na minha vida. Olhares e sorrisos, eu passo pra próxima. Chega de borboletas no estômago, tremedeiras. Como se firma os pés nas nuvens? O certo é o certo, e as paixões são incompletas.
 Querido, dessa vez eu não vou mais sonhar acordada com dias que não viram, só pelo simples prazer de fazer real na minha mente caótica. E não vou mais perder horas e horas tentando simplesmente chamar a atenção, você não me vê? Que pena, amor.
 Os resultados iram ser certos.
Mas sabe? Eu nunca fui suficientemente boa em matemática, às vezes o certo, não é tão certo assim.

domingo, 13 de março de 2011

A aventura; Caminhos convergentes.

 Ela era apaixonada por ele, não se sabe como, eles nunca tiveram sequer uma conversa, talvez fosse pelos olhos, ou pelo sorriso dele, ninguém sabe. Ele não sabia desse detalhe, não sabia das noites que ela passava acordada, imaginando momentos que nunca iriam se concretizar. Ela o olhava timidamente, sorria às vezes, tentava ser fazer vista. Ele não a notava, não sabia se ela usava preto ou azul, nem onde estava ou o que fazia, ela era totalmente invisível. Não se sabe ao certo o que mantinha aquela paixão dentro dela. Era um dia como outro dia qualquer para ele, mas para ela era um pedacinho de, quem sabe, um sonho realizado. Houve três conversas, dois olhares e um sorriso. Depois, sem mais nada a ser dito, cada um seguiu seu próprio caminho, ninguém nunca mais o viu.

 O futuro é incerto demais, hoje estamos aqui, amanha quem sabe? É triste, mas cada um segue seu próprio caminho, cada um escolhe para si o que lhe achar certo. Não se anda de mãos dadas, não se troca bilhetes ou se vive inteiramente para os outros.
 As verdadeiras amizades não se vão, não se acabam. Elas permanecem, mesmo depois de muito tempo distante, mesmo depois de muita coisa vivida e separada. Nós não queremos, e até lutamos contra, mas sempre fazemos as escolhas certas, independentemente de quem ficará para trás. Ah, e a saudade… Ela vai acabando pouco a pouco com nossos sentidos, ela entorpece, ela irrita, ela machuca. Voltar para o passado, parar no presente? Nada adianta, não veremos mais aqueles que um dia estavam conosco, lado a lado, caminhando junto, e o que resta é seguir pelo futuro incerto, com esperanças e frustrações.
 Sabe, esse caminho é até um pouco solitário, pode ser de trevas e folhas secas, ou de bosques repletos de flores em primavera, podem chover, formar tempestades, ou um céu azul resplandecente, cheio de cores. Pode nos fazer querer voltar, ou criar atalhos. Pode nos fazer rir ou chorar, isso só dependerá de nós, e nossas escolhas. 
  Talvez nós não pudéssemos criar laços por medo da partida. Mas quem liga para as dores de uma coisa incerteza? Pra que não viver o momento com medo do futuro?  Quem liga pra caminhos separados, quando se tem um coração conjunto? Eu não ligo.
  
  Aprendi que ao conhecer o mundo e as pessoas, me conheço melhor, e assim tomarei as decisões certas. Em cada momento que vivi, lutei, por idéias, sonhos, projetos...
  Sei hoje, com o passar do tempo, que tive caminhos de dor, mas que ficaram no passado.
    Nossos caminhos são como duas paralelas, seguem juntos e mesmo assim tão separados, convergem para o mesmo sentido, para algum lugar…
 Infinito... No amanhã…

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sistema Cardiovascular

  Para mim, o coração era só um órgão propulsor do sangue, não doía, ou amava. Talvez seja, mas é estranho que só o cérebro nos faça sentir tantas coisas.
   Uma vez ouvi alguém dizer “Siga o seu coração” e isso soou estranho, até um pouco cômico, porque eu nunca soube na verdade o real sentido de seguir o meu coração. Mas eu penso que, talvez, seguir o coração seja não pensar nas conseqüências de uma escolha ou atitude. Agir por impulso sem se preocupar.
  Sei, sigo meu coração sem saber, quando menos espero, faço coisas sem pensar, sem entender.
 Ma eu prefiro pensar nas minhas escolhas, trilhar meu próprio caminho, porque o destino é pra quem tem preguiça de passar por barreiras, de destruir muralhas e passear sem pontes. Mas é como dizem, nosso coração sempre tem a razão, não é verdade?