Sei lá,
viu, talvez eu devesse voltar atrás e perguntar o porque que você não prova que
estou errada. Você se importa, não é? Poxa, então volta aqui e me da um abraço,
bagunça meu cabelo, enquanto eu me irrito com você e digo que você é um idiota.
Eu poderia observar o seu jeito de arrumar o cabelo da forma mais desajeitada
do mundo, e achar a coisa mais fofa que existe e sorrir sem você perceber. Nossas
mãos se entrelaçavam, elas ficavam tão bem juntas, e nós dois também. Gostava
de dividir meu fone de ouvido contigo, ouvir 505, enquanto você me ajeitava nos
seus braços, num abraço mais apertado. Sei lá, viu, você ainda é 90% do que eu
penso no dia, mesmo quando não tenho tempo para pensar em nada. Era engraçado, formávamos
um casal e tanto, éramos tão bons juntos, sabe, eu achei que você não iria
muito longe sem mim, bom, era o que você dizia, mas agora você ta tão bem aí,
com sua vida seguindo em frente, enquanto a minha fica dando voltas, atrás de
você. Eu era tão importante assim, que fui deixada de lado no primeiro ‘adeus’?
Sei lá, viu, não sei o que dizer, eu
sinto sua falta, talvez essa seja a única coisa que faz sentido aqui, faz frio
aí também? Bom talvez se eu te disser que estive experimentando outros abraços
e nenhum é apertado o bastante para se parecer com o seu, você riria, creio que
me chamaria de idiota também. Bom creio que também esteja na hora de terminar
isso aqui, porque é só mais um texto sobre o quanto sinto sua falta. Talvez
seja igual à música, “De janeiro a janeiro, até o mundo acabar.”. Sei lá, viu.
domingo, 18 de agosto de 2013
domingo, 4 de agosto de 2013
Retrato pra Iaiá
Lembro de você, menina, das tardes em que as
risadas eram maiores que o cansaço de voltar para casa. Caminhávamos por
aquelas ruas, sofrendo todos os perigos na faixa de pedestres, quando a
adrenalina de atravessar a rua era maior que tudo. Lembro de como era bom,
menina, as tardes em que a via, e corria em sua direção, era um abraço
atrapalhado, mas em que tentava dizer muito. Era tão engraçado, as horas de
entrada e saída, os pufes coloridos e as músicas. Sinto tanta falta, como
quando se sente que tudo se transformou em lembranças e não há mais nada a
fazer. Tu me ensinaste tantas coisas, menina. Sinto falta das 16h horas, das
ruas estreitas e do pátio da escola, dos livros que roubávamos tão cinicamente.
Lembro da desaprovação inicial, tu não gostava de mim, e lembro de como eu
falava na nossa primeira conversa. Eu sempre falei de mais, e você sempre me
ouviu pacientemente, sinto sua falta, menina. Tu é tão incrível quanto eu
sempre imaginei.
Parabéns Pequena.
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