segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O que você é e o que você finge ser.

Fingir é fácil demais. Todos nós fingimos. E é meu bem, eu também sei fingir. Sei fingir que não me importo, sei fingir que não sinto, sei fingir que não quero. Mas meus olhos me denunciam, e se você prestar atenção, vai conseguir ver uma brecha de verdade, uma pontinha de sentimentalismo.
 Mas o que eu sou não é o que eu finjo ser. Porque o que eu sou desmorona quando chego em casa e olho meus olhos no espelho, e querido, eles não me deixam mentir, e isso é o que eu mais machuca, o que mais dilacera. Porque eu não consigo ficar fingindo o tempo todo entende? Eu não consigo fingir para mim mesma que está tudo bem. Eu finjo ser forte, mas na verdade eu sou fraca. Eu faço das palavras as minhas lágrimas, mas choro sozinha num canto, quando não tem ninguém para me ver chorar.

E o resto é imperfeito...

Sabe, eu sempre sonhei com o dia em que alguém veria o que eu sou de verdade, alguém que mergulhasse fundo e desvendasse meu interior. Que conhecesse meus medos e minhas vontades, que me aceitasse e gostasse de estar comigo, mesmo nos meus momentos de insegurança e aceitação. Porque eu acreditava em final feliz e felizes para sempre, eu acreditava em beijos antes dos créditos e amores verdadeiros, eu acreditava. Mas querido, você mudou tudo. E eu não me importo com nada, nem com beijos sinceros ou final feliz. Por que eu daria a eternidade inteira só por um momento.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pode ser que ninguém me compreenda…

 São tantos apagos e escritos, onde quero dizer tudo, mas não consigo dizer nada, onde minha mente não tem limite, mas quando tento passar o que penso, as palavras ficam limitadas demais para qualquer tentativa inútil de querer me expressar. São tantas releituras que depois de algum tempo, as coisas perdem os sentidos, perdem a vontade de continuar. São tantos começos inacabados, tantas folhas jogadas sem ao menos um ponto final, são somente virgulas, onde não consigo continuar, ou apenas não mais tento.
 Queria poder ser mais, poder mais e tentar mais, porque todas as vezes em que algo me abala, são apenas restos do que posso, são apenas manchas do que era. Todos esses pensamentos, gostos e caráter, são coisas demais para alguém querer saber ou tentar descobrir.
 Os dias estão tediosos demais, as horas se arrastam e o controle da TV está pesado demais para apenas desliga-la. Trocar o dia pela noite? Por que não? O sol não me atinge mais, e e estou cansada demais para tentar qualquer coisa.

All that I’m asking for

Knowing mistakes are being mistaken again
It's in the past tense
There is no making sense of it now
(…)
The time that we spent
Trying to make sense, of it all
(…)
All that I’m asking for
You're all that I’m asking for


   Você sorriu e veio até mim. É engraçado, que com um simples sorriso você conseguia tanto… Você tirava tudo de mim, mesmo sem querer, mesmo sem pensar. Era um sorriso com covinha e sem sentimentos, que fazia mil borboletas voarem no meu estômago. Mas acho que pensei demais e agi de menos. Eu te evitava, mas não poder te ver me frustrava. Porque eu te queria por perto, mas te mantinha longe, acho que era uma tentativa masoquista de não me apaixonar  Mas você quebrou qualquer tipo de barreira, você se apossou de minhas formas de controle, e você me controlava, mesmo sem saber, mesmo sem querer. E eu não hesitava, não pensava e não tentava.
 Me lembro dos seus olhos, tão escuro, tão brilhantes e tão cinzas. Lembro do jeito que o sol batia no seu rosto. Me lembro de seus olhos longes e de seu corpo imóvel, quando fui embora. Eu fui embora e você ficou lá, sem olhares e sem sorrisos. Eu lhe dei as costas e mesmo assim olhei pra trás, olhei pro tempo que eu não mais possuía, olhei para os dias que se passaram depressa, olhei pro seus olhos, mas você não mais me viu. E não tiveram mais sorrisos, olhares ou tempo. Apenas o som dos meus passos. O som do meu coração. Sem lágrimas, sem sorrisos.