sábado, 2 de abril de 2011

Último romance

Acho que estou me adiando demais. Quem precisa de abraços e beijos como os clichês de filmes românticos de inverno? Achei que eu precisasse, sei lá, você parecia tão perto, tão à vontade, como se tudo estivesse ao ponto de se realizar, como naqueles filmes banais de final feliz no baile, sabe? Sim, nos filmes tudo acaba bem, ficção com popularidade é igual a dólares, não?
 Mas eu sei que estava enganada, e ainda não consigo encontrar uma metáfora boa o suficiente. Agora, vamos deixar subentendido, eu escondo que achei que o interesse era recíproco e você não diz a respeito de meus defeitos e carências. E eu me pergunto o que é isso no ar, se são detritos da minha falta de tato ou se é apenas mais um de meus devaneios incompletos e indecisos.
 Não vou dissertar sobre minhas qualidades ou defeitos, vamos deixar um mistério, daquele tipo que não interessa a ninguém, mesmo que isto custe solidão e carência. Não quero mais precisar de alguém que diga “eu te amo” em um sussurro, enquanto me abraça, ou alguém que diga que sentiu minha falta, mesmo estando longe por apenas 1 hora. É, acho que eu não tenho muito talento para relacionamentos, me falta a coragem e a calma, o interesse alheio e a compatibilidade.
Mas acho que para mim, sobram as palavras de consolo.

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