segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eduardo e Mônica; vamos fazer um filme?

Esse medo todo é só uma parte do normal. Esses erros todos são só uma parte do que foi. Essa vida cheia de mentiras são só fragmentos das verdades, todas assim, jogadas na minha cara. E das coisas que eu não consigo entender, você é a maior delas. E eu achei que seria fácil, que eu leria sua mente através dos olhos como eu sempre fiz, mas não foi assim. Seus olhos denunciam muito menos que suas palavras dizem, muito menos que seus gestos falam. E eu fiquei mais uma vez sem saber o que fazer, estática..
 Indecifrável. Totalmente indecifrável. Sim, é impossível saber o que passa na sua cabeça. E parece que você lê meus medos, pelos segundos que seus olhos se prendem nos meus, você enxerga minha alma. Pode ser que nessa fração de segundos, você não perceba, mas quando você me abraça, meu mundo pára e gira rápido demais, e eu não sei quantas antíteses seria preciso para que você entendesse todos os sentimentos adversos que você me causa, e é tudo tão estranho. Mas eu nunca sei se me importo, na verdade, eu nunca sei de muita coisa e tudo piora quando estou com você. Longos minutos que vão em um piscar de olhos. Mas pode me abraçar o quanto você quiser, porque nesses minutos, nada importa mesmo. Nada alem de você.

Daniel na cova dos leões

 Eu achei que a única coisa que me faltava para me sentir feliz e completa era encontrar alguém, achei que relações humanas fossem o resumo de tudo. Me enganei. E ainda falta alguma coisa, que está me consumindo, me matando aos poucos. Alguma coisa que grita inconscientemente, desesperadamente. E o peso das verdades inventadas vai ficando cada vez maior, quase como se afundasse o meu ser patético, fazendo o se resumir a nada. Sinto-me sendo de mentira também, inevitavelmente fingindo. E vira tudo uma realidade inventada.
 E no auge das loucuras mais sóbrias, eu tentei encontrar o que falta, o que me enlouquece, procurei, e no final? Nada. O vazio continua, quase como se já fizesse parte, quase como se fosse real.
 Meus olhos estão tempestuosos, é quase como chuva. E é tudo sempre um quase, quase nada.
São minhas verdades inventadas, minha falsa realidade, meu mundo ilusionário. É um mundo criado, que está prestes a desabar. Salve-se quem puder, porque as paredes estão caindo, logo a estrutura toda desaba. Não se sabe quem se salva.