segunda-feira, 23 de maio de 2011

Daniel na cova dos leões

 Eu achei que a única coisa que me faltava para me sentir feliz e completa era encontrar alguém, achei que relações humanas fossem o resumo de tudo. Me enganei. E ainda falta alguma coisa, que está me consumindo, me matando aos poucos. Alguma coisa que grita inconscientemente, desesperadamente. E o peso das verdades inventadas vai ficando cada vez maior, quase como se afundasse o meu ser patético, fazendo o se resumir a nada. Sinto-me sendo de mentira também, inevitavelmente fingindo. E vira tudo uma realidade inventada.
 E no auge das loucuras mais sóbrias, eu tentei encontrar o que falta, o que me enlouquece, procurei, e no final? Nada. O vazio continua, quase como se já fizesse parte, quase como se fosse real.
 Meus olhos estão tempestuosos, é quase como chuva. E é tudo sempre um quase, quase nada.
São minhas verdades inventadas, minha falsa realidade, meu mundo ilusionário. É um mundo criado, que está prestes a desabar. Salve-se quem puder, porque as paredes estão caindo, logo a estrutura toda desaba. Não se sabe quem se salva. 

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