E os doze meses se passaram, rápidos demais. Lembra do ultimo réveillon? Das promessas e das conquistas do último ano? Alguma coisa realmente mudou? Quais foram as metas vencidas, os problemas resolvidos, as promessas que foram ditas no brindar das taças? As prestações, as taxas e seguros, as saídas de fim de semana, as idas a academia, as aulas de violão ou o cursinho técnico, quantos foram feitos ou passados da primeira semana? As pessoas se preparam para o dia 31, vestem-se de branco ou qualquer cor que lhes traga sorte – mesmo que a superstição seja falsa e inacreditável – enchem as taças de champanhe ou qualquer teor de álcool, bebem, comemoram, são felizes pelo passar dos minutos da meia noite e criam vontades, achando que continuaram assim ao resto no novo ano, e logo no primeiro dia a preguiça toma conta, ocupa todos os 364 dias restantes, pra que prometer tanto e encher de fantasias e idéias quebradas a preguiça de fazer?
Que venha 2012, que traga todas as promessas da véspera da troca de ano, que surpreenda os que não cumprem promessas, e que encha de vontade o querer dos sonhos. Vista sua roupa, comprada com o suor do mês, ou tirada às pressas do guarda roupas, encha sua taça de champanhe e brinda a loucura do tentar. Que venha 2012, que me traga alegria, que me traga vontade e não promessas, que me tire da rotina, do circulo diário, que me encha de querer, querer de sonhos, querer de abraços e querer de coração. Que venha 2012, que venha com todos os fogos de artifício exagerados, que grite, que desperte, que brilhe. Que venha, e traga paz junto com ele.
(meumundoilusionário♥)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Tente outra vez
E então você suspira, um suspiro tremulo, que denuncia todo o choro de minutos atrás, você suspira e seu coração se aperta, e você abraça seu travesseiro como se pudesse abafar toda a vontade de gritar. Você não sabe o que fazer, às vezes fecha os olhos como se fosse só mais um pesadelo, e logo quando abrir vai pensar em como o sonho foi real, mas não acontece nada. O seu coração começa a se apertar novamente, e de tão disparado, você não sente mais as batidas, as lágrimas voltam e você soluça, com medo de que alguém ouça e vá ver o que aconteceu. Você se lembra de tudo, e como se não bastasse, recorda cada detalhe, desde o começo, lembrança por lembrança e pensa em como foi possível chegar aonde chegou. As lágrimas não param e a dor continua. [...] E então você acorda, tentando não se lembrar do que aconteceu no dia anterior, e mesmo com toda aquela dor no peito e o coração disparando cada vez que as lembranças anteriores invadem sua cabeça, você está de pé, não está? Você sorri e finge que não aconteceu nada, finge que é só sono, ou dor de cabeça. As pessoas te animam, quem te conhece te abraça, e por alguns momentos você esquece aquela dor no seu peito, mas ela não passa, como você achou que tivesse passado.
E então você se vê sozinha mais uma vez, e você sente que nada mudou, e todos os dias vão ser os mesmos, até que você se acostume com a dor, até que aquele machucado cicatrize. Mas toda cicatriz deixa uma marca, qual você lembrara pelo resto da vida.
”Sentimentos são como machucados, se você não cuidar ele vai doer mais e infeccionar, até que crie cascas e vire uma cicatriz, que você nunca vai esquecer. Se você cuidar e não deixar que infeccione, pode não virar uma cicatriz, que você talvez nunca lembre.”
(meumundoilusionário♥)
E então você se vê sozinha mais uma vez, e você sente que nada mudou, e todos os dias vão ser os mesmos, até que você se acostume com a dor, até que aquele machucado cicatrize. Mas toda cicatriz deixa uma marca, qual você lembrara pelo resto da vida.
”Sentimentos são como machucados, se você não cuidar ele vai doer mais e infeccionar, até que crie cascas e vire uma cicatriz, que você nunca vai esquecer. Se você cuidar e não deixar que infeccione, pode não virar uma cicatriz, que você talvez nunca lembre.”
(meumundoilusionário♥)
A Montanha Magica
Da sacada de sua casa ela viu as luzes se acenderem, uma a uma. Eram 18horas, a noite chegava sorrateira, trazendo a brisa de companhia, fazendo com que um arrepio percorresse seu corpo. Despertou. Piscou varias vezes, há quanto tempo estava lá? O sol já havia se posto, e não percebera, nem ao menos notara as luzes apagadas e a escuridão do seu quarto. Não, não havia dormido, apenas se desligara do mundo, estivera acumulando coisas de mais para se pensar. Tirou os fones de ouvido, estavam tão perfeitamente encaixados, mostrando que aquela era a sua rotina, os seus fones de ouvidos, a sua música. [...] Se levantou devagar, esticando cada parte do corpo, estralando-os, estiveram ali por tempo demais. Apoiou os cotovelos no muro da varanda, observou a agitação das pessoas lá em baixo, as expressões vazias de qualquer sentido, poderiam ser comparadas com robôs, mas eram só fantoches da rotina. Passos rápidos, eram só isso que descreviam as pessoas lá em baixo, apenas passos rápidos, sem nada a acrescentar, sem nada a se reparar. Sem sorrisos, sem conversas, apenas passos rápidos. [...] A brisa suave se transformou em ventania forte, balançando as poucas arvores que haviam nas ruas, agora as pessoas quase corriam. Vento; o tão grande anunciador da chuva... Os primeiros pingos caíram, os guarda chuvas já podiam ser vistos lá em baixo, mas ela não saíra de lá, continuou observando as pessoas, mesmo com a chuva sob si. [...] A chuva havia diminuído, mas ela não se movera, estava molhada, e mesmo com os cabelos pingando, não se incomodou. A chuva se acalmara, e incrivelmente fizera o mesmo efeito com o coração dela.
Há Tempos
Você sabe, não precisava ir embora, apenas precisava entender, não a mim, mas ao nosso amor que era tão complexo e inaceitável. Volta pro meu mundo, bagunça meu cabelo e me deite no seu colo. Não precisa ser intenso, não precisar ser rápido, pode vir com calma, dando pausas e respirando, deixando que o caminho te guie de volta pra mim, e se ele não guiar? Você sabe o caminho de casa, não poderia voltar sozinho, querido?
Eu não esqueço as noites em que você atravessava sua cidade naquele seu carro velho, apenas para me dar um beijo de boa noite, naquelas noites em que eu te ligava pelos meus pesadelos, e você nunca voltava para casa, ficava no meu pequeno apartamento, fazendo com que os sonhos ficassem de lado. Lembra como nem a distancia das nossas cidades nos atrapalhava? [...] Você havia mudado seu curso, estávamos mais próximos, eram só 30 minutos, e nossos dias passaram de um para cinco, você vinha toda noite e nunca retornava, vivíamos juntos, de uma maneira ou de outra. [...] As oposições também eram grandes, sabe... Eu sempre lutava, mas você deixava as coisas continuarem. Foi tão difícil se impor diante das barreiras, quando já tínhamos superado milhares de muros?
Volte com o café e as torradas na bandeja, volte com o cabelo nos olhos e o sorriso de lado. Você sabe que eu amava isso, não sabe? Então apenas volte, e traga tudo de volta com você.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Alívio imediato
Fira-me com a mentira e a verdade nunca mais será a mesma. Deixe-me seguir sozinha e a companhia não será mais necessária. Você tem escolhas, faça-as e não reclame das minhas decisões. Se você me tem, não me deixe partir, não faça-me escorregar pelas suas mãos, não me perca, como você está fazendo. Eu estou aqui não estou? Mas isso não é o suficiente nem para você, nem para mim. Eu tentei fazer você ver além de onde seus olhos me viam, eu tentei fazer você ver através de mim, mas você ignorou, não foi? Você me mandou embora do seu mundinho, me deu as costas e fechou as portas, e por que quer reabri-las agora? Eu mudei, eu amadureci, e agora você acha que sou suficiente para você? [...]Sabe, fazia tempo em que eu não sorria tão verdadeiramente como nesses últimos dias. Você enfim foi embora. Foi embora daquele lugar, da minha vida, dos meus pensamentos. Acho que agora sim é hora de dizer que estou livre, seu silencio me libertou, mais que todas as suas palavras me prenderam, mais que todas as suas mentiras me sufocaram. Eu sinto, aqui bem no fundo, eu sinto, que essas serão minhas ultimas palavras para você. É engraçado com as coisas mudam, não é garoto? Há algum tempo atrás eu estaria aqui, parada olhando para essa mesma tela em branco, tendo tanta saudade em tão poucas palavras. Eu estaria com o coração acelerado, colocando todo o meu sentimento por você nessas linhas. Mas agora? Agora não há nada, só o sentimento de pena e alivio, porque não eu não posso adiar as palavras que eu tanto ansiei em escrever; Adeus meu bem, seja feliz e até quem sabe nunca mais.
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