terça-feira, 31 de dezembro de 2013
O Céu é Só Uma Promessa
Hoje é o último dia do ano sabe, e tenho visto todas aquelas fotos e ouvido todas aquelas músicas, e posso sentir que os problemas, são só problemas afinal. E que as pessoas passam a vida inteira procurando o sentido da felicidade sem saber por onde começar. E eu deixei de sentir falta quando aceitei que tudo passa, e que o abraço fica preso na esquina, enquanto cada um segue seu caminho, como todos tem que seguir. A saudade então virou lembrança boa, daquelas que da vontade de contar pra desconhecidos numa fila de banco. Percebi então que não foram só meses e estações que se passaram, foram todos os momentos que tento recordar enquanto tudo parece ruim, e então me vi em todos aqueles sorrisos e o céu está tão bonito hoje, porque dançávamos e não vi mais tristeza em um banco de terminal. E os medos desses dias tristes viraram dança, e senti que nós poderíamos rodar e dançar a vida inteira no meio de desconhecidos que passam a vida inteira sem notar as pequenas coisas. E a rotina cansa quando não nos renovamos, e há milhares de coisas novas por ai. Então eu lembrei por diversas vezes de como era me sentir infinito, e todas as pessoas que passaram e se perderam por alguma rua, e todas as pessoas que fugiram para algum lugar mais calmo, e foi por todas as pessoas certas que estiveram em meu lado em algum momento infinito. E que ninguém se esqueça de como foi ter 16 anos quando a maturidade invadir os 40, e que as fotografias antigas foram lembranças boas, e que fazem parte de cada história. E você pode ver as luzes dos prédios e caminhar por uma estrada, cantando aquela música, e ter as pessoas certas com você. Não foram só 365 dias, foram histórias, e são lembranças agora. A felicidade está nos momentos. Feliz 2014
domingo, 8 de dezembro de 2013
O Herói Devolvido
A primavera chegou, trouxe aos campos uma infestação de dentes de leão. Creio, talvez, que eles estejam resistentes demais, não querendo voar e realizar desejos. Percebi que muitas pessoas se vão, elas se perdem numa esquina qualquer, e o ato de ir embora tem lá suas metáforas verdadeiras. Estou te esquecendo, meu amor. Não sei o quanto isto é ruim, eu costumava seguir o clichê, estar mais perto de mim mesma, enquanto lhe abraçava, era como a música que já dizia; meu mundo girava devagar, mas está tudo rápido demais agora. Então dancei sem me preocupar se você me acharia louca. Eu dancei e você não estar lá não fez diferença. Dancei como se ninguém me visse. E não havia mais pés, não havia mais sapato, eramos eu e a música. Foi-se embora, meu amor, e sua ausência ainda faz saudade, mas esqueço, porque o céu é mais azul agora. Você virou uma sombra, meu amor, mas hoje só há sol aqui dentro. Sei o quanto as luzes brilhavam e as risadas eram altas enquanto o flash cegava. E o quanto foi apenas eu e a saudade por tanto tempo, meu amor, mas estou te dando um adeus, e coloquei as mãos no peito e fechei os olhos, eu sei o quanto doeu, enquanto a música soou; “ Que a vida simplesmente vai, como a fumaça desse trem, como um beijo e nada mais, antes que você conte até dez.”. E deitada olhando para aquela mesma árvore, enquanto ouvia pessoas desconhecida entoarem aquelas músicas de tempos atrás, pensei em você, meu amor, e em tudo o que você não representa mais. Estou te esquecendo meu amor, e eu posso andar atoa e sorrir com a minha vida, só deixa eu caminhar.
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