domingo, 8 de dezembro de 2013

O Herói Devolvido

A primavera chegou, trouxe aos campos uma infestação de dentes de leão. Creio, talvez, que eles estejam resistentes demais, não querendo voar e realizar desejos. Percebi que muitas pessoas se vão, elas se perdem numa esquina qualquer, e o ato de ir embora tem lá suas metáforas verdadeiras. Estou te esquecendo, meu amor. Não sei o quanto isto é ruim, eu costumava seguir o clichê, estar mais perto de mim mesma, enquanto lhe abraçava, era como a música que já dizia; meu mundo girava devagar, mas está tudo rápido demais agora. Então dancei sem me preocupar se você me acharia louca. Eu dancei e você não estar lá não fez diferença. Dancei como se ninguém me visse. E não havia mais pés, não havia mais sapato, eramos eu e a música. Foi-se embora, meu amor, e sua ausência ainda faz saudade, mas esqueço, porque o céu é mais azul agora. Você virou uma sombra, meu amor, mas hoje só há sol aqui dentro. Sei o quanto as luzes brilhavam e as risadas eram altas enquanto o flash cegava. E o quanto foi apenas eu e a saudade por tanto tempo, meu amor, mas estou te dando um adeus, e coloquei as mãos no peito e fechei os olhos, eu sei o quanto doeu, enquanto a música soou; “ Que a vida simplesmente vai, como a fumaça desse trem, como um beijo e nada mais, antes que você conte até dez.”. E deitada olhando para aquela mesma árvore, enquanto ouvia pessoas desconhecida entoarem aquelas músicas de tempos atrás, pensei em você, meu amor, e em tudo o que você não representa mais. Estou te esquecendo meu amor, e eu posso andar atoa e sorrir com a minha vida, só deixa eu caminhar.

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