quarta-feira, 22 de junho de 2011

Algum dia

Eu prometi que não iria mais chorar, prometi que nunca mais abaixaria a cabeça quando o mundo ficasse pesado demais nos meus ombros, prometi que não iria mais criar um mundo como refugio da realidade que me toma, me atormenta. Eu prometi tudo isso, não cumpri. Chorei, me desesperei, mantive a cabeça baixa, tentando me enterrar em mim mesma e criei vários mundos, um maior que o outro.
 Desaparecer. Minha maior vontade agora, desaparecer. Queria poder deixar todo esse caos que me envolver passar, como uma brisa suave, e eu ficasse em um mundo só meu, onde ninguém pudesse entrar e quebrá-lo. Ou apenas quem sabe fugir para longe, para algum lugar onde fosse impossível localização. Você percebe o mal que esta me fazendo? Você não em deixa seguir em frente, e não me da outro caminho. Você me deixa estacionada, sem passos a frente, sem ter para onde seguir. Você não quer mesmo que eu saia da sua estante, não é? Quer sempre ter um brinquedo para por no lugar de outro. E não adiantaria eu te dizer, você não ouve nada o que eu digo, nunca ouviu.  Mas eu fui um brinquedo na suas mãos, estava naquela vitrine, você me comprou, não se importou com alguns erros de fabrica, me teve nas mãos pro pouco tempo e me devolveu, sem caixa, sem nada. Me diz, adiantaria te dizer que você não pode mais me ter? Que você devolveu e agora não tem volta? Mas eu sei, você nunca me quis de volta, e nunca vai querer. É só essa vontade louca de te dizer tudo que esta engasgado na minha garganta, vontade de te expulsar da minha vida de uma vez por todas, de te perder nas entrelinhas dos meus textos e no frio das minhas lágrimas, eu só queria isso.

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