quarta-feira, 22 de junho de 2011

Um dia perfeito

Ela estava nervosa. As mãos soavam, as pernas trepidavam e as borboletas não deixava seu estômago, elas voavam livres, como se fossem a casa delas, sem se preocupar com as sensações que suas asas causavam. Os olhos dele não perceberam o medo nos olhos dela, ou talvez sim, ninguém sabe. Seus olhos estavam calmos. Os dela irradiavam insegurança e medo, talvez fosse pela aproximação, talvez fosse pela respiração de ambos que se misturavam formando-se uma, talvez fosse pela vontade de continuar, talvez fosse pelo medo de errar ou talvez, somente talvez, fosse por sabe que era a hora.
Pensar estava ficando cada vez mais difícil, era como se tudo se misturasse, impossibilitando qualquer tentativa de raciocínio. A distancia ficava cada vez mais curta, e as batidas do coração dela, mais rápidas. Tentou respirar fundo, mas os olhos dele se fecharam, ele sabia o que fazer, ela não.  Logo tudo escureceu, eram os seus olhos que também tinham se fechado, sem lógica, sem explicação. E dali por diante, tudo ocorreu rápido e divagar. Foram uma seqüência de toques e sentidos, lábio contra lábio. Sentir, somente sentir, e nada mais fazia sentido. Nenhum pensamento, tudo estava branco, só se ouvia o pulsar do coração dela, ficando mais calmo, aquietando-se. 

Um momento quase perfeito, inocente em seus defeitos...

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