Está tudo tão escuro aqui, e eu estou tão sozinha, como em mais um daqueles dias em que sorrir não vai fazer diferença, e que as pessoas iram se contentar com o meu “Estou bem.”. A solidão vai me abraçando aos poucos, preparando o terreno antes de me tomar por inteira. Palavras e mais palavras, e nada mais vai fazendo sentido, como tentar existir por linhas apagadas, como tentar criar vida através de verbos passados. As lágrimas não caem, e isso pesa nos meus ombros, transparece pelas olheiras do dia seguinte. São tantos erros que me assusta a idéia de estar acertando, são tantos desafetos que me assusta a idéia do apego. E as pessoas me perguntam onde estou, quando nem eu mesma sei direito. Eu só queria sumir, e quem sabe essa confusão também desaparecesse.
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