Fechou os olhos e como sempre, as últimas palavras dele a calou. A intensidade das verdades que foram jogadas no ar, foram contra seu pequeno corpo, sua pernas perderam as forças, como se fossem sugadas pelo chão. Quis sentar-se ou se jogar contra alguma parede atrás de si, queria apenas algo que desse apoio. Ouviu a porta se bater com força. Ele havia ido embora, de vez.
-“Aquela estrela, olhe aquela estrela...”
Imagens de alguns dias atrás invadiram sua mente, a voz dele se difundia com ao som acelerado de seu coração. E então caiu. Desabou e foi de encontro com o chão frio e as lágrimas, enfim, venceram-na, percorrendo seu rosto.
-“Fica pra sempre?”
-“Fico.”
Eram coisas demais para ela, eram muitas memórias se fazendo presente. Ele não a amava, e tudo fora mentira, uma doce e curta mentira. Fora como subir na nuvem mais alta e vê-la se dissolver sob seus pés, logo não havia mais nada, só o chão e os machucados, recém abertos, e doía demais.
-“Aquela estrela, olhe aquela estrela...”
-“Aquela mais brilhante?”
-“Sim, aquela estrela, ela significa nós dois.”
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