Lembro de você, menina, das tardes em que as
risadas eram maiores que o cansaço de voltar para casa. Caminhávamos por
aquelas ruas, sofrendo todos os perigos na faixa de pedestres, quando a
adrenalina de atravessar a rua era maior que tudo. Lembro de como era bom,
menina, as tardes em que a via, e corria em sua direção, era um abraço
atrapalhado, mas em que tentava dizer muito. Era tão engraçado, as horas de
entrada e saída, os pufes coloridos e as músicas. Sinto tanta falta, como
quando se sente que tudo se transformou em lembranças e não há mais nada a
fazer. Tu me ensinaste tantas coisas, menina. Sinto falta das 16h horas, das
ruas estreitas e do pátio da escola, dos livros que roubávamos tão cinicamente.
Lembro da desaprovação inicial, tu não gostava de mim, e lembro de como eu
falava na nossa primeira conversa. Eu sempre falei de mais, e você sempre me
ouviu pacientemente, sinto sua falta, menina. Tu é tão incrível quanto eu
sempre imaginei.
Parabéns Pequena.
Nenhum comentário:
Postar um comentário