terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sobre não saber o que dizer.


 Meus dedos se perdem na folha em branco e eu não consigo encontrar um ponto de fuga, e porque o silêncio me deixa confusa e tenho essa mania de acreditar no que eu mesma imagino. Mas estou de malas feitas outra vez, pronta para fugir pro acalento da minha própria solidão, só preciso chegar rápido, só quero esquecer o motivo que fará doer. E deixo gravada minha futura dor, nas palavras que preenche as linhas, mesmo que seja incompreensível (...). Estou me colocando no papel, e fico surpresa em saber que depois de meses de bloqueio, eu ainda sou o motivo da escrita. Por que estou me dissertando o tempo todo? Por que as linhas brancas estão engolindo minhas palavras e cuspindo-as de volta? Um amontoado de sentimentos repetidos, virando pó dentro de mim. O vento está soprando nos meus ouvidos, consegue me ouvir? Já se passam da 1 hora, eu continuo aqui.

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