Meus dedos se perdem na folha em branco e eu não consigo
encontrar um ponto de fuga, e porque o silêncio me deixa confusa e tenho essa
mania de acreditar no que eu mesma imagino. Mas estou de malas feitas outra
vez, pronta para fugir pro acalento da minha própria solidão, só preciso chegar
rápido, só quero esquecer o motivo que fará doer. E deixo gravada minha futura
dor, nas palavras que preenche as linhas, mesmo que seja incompreensível (...).
Estou me colocando no papel, e fico surpresa em saber que depois de meses de
bloqueio, eu ainda sou o motivo da escrita. Por que estou me dissertando o
tempo todo? Por que as linhas brancas estão engolindo minhas palavras e
cuspindo-as de volta? Um amontoado de sentimentos repetidos, virando pó dentro
de mim. O vento está soprando nos meus ouvidos, consegue me ouvir? Já se passam
da 1 hora, eu continuo aqui.
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