terça-feira, 2 de julho de 2013

Cecília e Os Balões

Ela rodava, no tapete da cozinha, como uma criança que se admira com o tamanho. E eu ri, como quem quer abraçar e não soltar nunca. Pequena, do jeito que se pode apertar e proteger, mas que sempre está acima de todos,com a cabeça nas nuvens, enquanto sonha com o universo. Ela grita, se irrita, e é como se nada mais importasse. Chora como se o mundo fosse acabar, e no segundo seguinte me sorri, com aquele sorriso lindo, de quem ama o mundo. Eu confiaria o mundo a ela, mesmo sabendo que ela tropeçaria nos próprios pés e o derrubaria, desastrada, menina que sorri por tudo. Lembro-me de quando a conheci, de como me encantei por ela no mesmo instante, e de como e poderia fazer tudo para vê-la sorri. A rodava, como se as lagrimas cessassem, como se o mundo fosse parar. Admiro-a, tão pequena e tão corajosa, mesmo que morra de medo de uma rua escura. Compartilhamos segredos, e eu não poderia escolher parceira melhor. Ela me entende e faz com que as coisas se ajeitem, com simples palavras ou grandes broncas. Nos perdemos no mundo tantas vezes, e ela sempre me traz luz, e com ela eu sei, nós podemos ser tudo e nós somos o infinito. 

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