quinta-feira, 18 de julho de 2013

Relato de um homem de bom coração

 As luzes brilhavam, azul, amarela e vermelha, o palco, as caixas de som, as luzes. Sentia o coração acelerar conforme a multidão se agitava, e eles gritavam. Era um uníssono, do nome daquilo que ele dedicara tudo, cada vez mais alto, mais alto. Três segundos. Mãos soavam, pernas bambeavam, era sempre assim, depois de anos ainda sentia tudo aquilo, como se fosse à primeira vez. Dois segundos. Respirou fundo, arrumou a alça do seu baixo e o microfone. Um segundo. E então as luzes se acenderam e a fumaça encheu o palco, a multidão gritava, e aquilo enchia sua alma. Os primeiros acorde começaram, era hora do show. (...) E depois de mais um dia, lá estava ele, com sua moto em mais uma estrada, era o vento que bagunçava o cabelo, e a vontade de sempre ir a diante. Tantos lugares novos, tantas experiências, e lá estava ele, pronto para qualquer coisa, era livre, e só isso que importava.  


- Parabéns, cabeça de mamão. 

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