As luzes
brilhavam, azul, amarela e vermelha, o palco, as caixas de som, as luzes. Sentia
o coração acelerar conforme a multidão se agitava, e eles gritavam. Era um uníssono,
do nome daquilo que ele dedicara tudo, cada vez mais alto, mais alto. Três
segundos. Mãos soavam, pernas bambeavam, era sempre assim, depois de anos ainda
sentia tudo aquilo, como se fosse à primeira vez. Dois segundos. Respirou
fundo, arrumou a alça do seu baixo e o microfone. Um segundo. E então as luzes
se acenderam e a fumaça encheu o palco, a multidão gritava, e aquilo enchia sua
alma. Os primeiros acorde começaram, era hora do show. (...)
E depois de mais um dia, lá estava ele, com sua moto em mais uma estrada, era o
vento que bagunçava o cabelo, e a vontade de sempre ir a diante. Tantos lugares
novos, tantas experiências, e lá estava ele, pronto para qualquer coisa, era
livre, e só isso que importava.
- Parabéns, cabeça de mamão.
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