sábado, 5 de outubro de 2013

A Revolta dos Dândis

Ainda lembro de fevereiro, do sol até às 16h, da chuva que surpreendeu e fez com que fugíssemos. Lembro dos risos e em como todos falavam ao mesmo tempo e estávamos felizes por estarmos juntos. Ainda sinto o infinito. Lembro de 2012 e como tudo estava ruim de Segunda à Sexta, mas que as 9h30 tudo parecia bem. Os últimos domingos do mês, tão aguardados, era mesma estação, os mesmos rostos, caminhávamos e eramos os donos do mundo. A música nunca nos deixou parar, formávamos uma roda e enquanto a música soava em coro com as vozes, voávamos. Podíamos ser o que quiséssemos, nas noites de Sábado traçávamos o mesmo caminho, sempre as mesmas vozes altas, lembro do álcool e me pergunto se toda aquela afeição e promessas foram só em função disto. Um brinde final e tudo estava bem, não era? Eram tantos abraços e sorrisos, pra onde foi tudo aquilo? Sinto falta das tardes de primavera. Estávamos juntos e era isso que importava. Onde está aquele infinito agora? Não sei, e isto é o pior, não saber pra onde os momentos bons fugiram. As coisas mudam, eu sei, mas continuo eternizando-os, pois esses momentos a tempestade não pode apagar.

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