terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Era um Garoto e Como Eu Amava Beatles e os Rolling Stones

Tudo estava girando, minha cabeça estava pesada, e a música alta me ajudava a não pensar. Levei uma garrafa recém aberta a boca, ingerindo a maior quantidade de álcool que consegui. Isso fazia minha garganta queimar, mas eu não me importei, não enquanto os acordes não terminassem. [...] Metade da minha culpa tinha ido com outra garrafa, e mais outra e mais outra. Outros acordes começaram, e só restou a música, o bom e velho rock n’ roll, era tudo o que fazia sentido pra mim naquele momento. Fechei os olhos e deixei com que minha cabeça guiasse o corpo, oh como aquela sensação era boa. Os problemas do amanhã só seriam resolvidos no amanhã, hoje não, não enquanto a mente ébria embalasse a guitarra, não enquanto minha voz alcançasse os ouvidos. Acompanhava o refrão e fazia coro, era como se gritasse a alma, em cada palavra, em cada sacolejo as coisas sumiam, tudo ao meu redor, eu não sentia mais as pessoas a minha volta, e tudo ficou bem em cada 3 minutos que passavam, até que os acordes terminavam. E depois daquele dia eu sei, tudo vai ficar bem, enquanto os acordes não terminar. 

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