quarta-feira, 15 de maio de 2013

Se tiver que ser na bala, vai.


Como se a estrada que estava seguindo fizesse parte do seu corpo, ela foi. O vendo batia em seu rosto, e ela sentia mais que isso, era aquela liberdade que muitos queriam, era a estrada sendo vencida, como um sonho alcançado. Uma parada, um bar, um posto de gasolina, mas tudo continuava. O volante, o banco, o acelerador, era como se fizesse parte do carro, por tanto tempo que esteve lá. Via o sol, a chuva, as montanhas e o mar, e não era o bastante, ela queria viver aquilo, tomar conta do mundo. Uma curva, um caminho, uma placa. Não sabia para onde ir, só estava indo, e isso não era tudo. Como quem está sempre de partida, com as malas no bagageiro, pronta para um adeus. E ela ia, quem conseguiria impedir? Virou mais uma esquina, como quem vence a próxima barreira, chegava em seu destino, e logo virava ponto de partida. Essa era a vida, esse era o mundo que ela queria abraçar, e ela conseguia. Em um desses dias que o sol se punha no horizonte percebi, ela estava certa. 

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