Arrume um encosto, ajeite os travesseiros e se enrole no
cobertor. Coloque um filme que te faça chorar, e mesmo que o casal não termine
junto, mesmo que estória não faça sentido, assista. Pegue toda a quantidade de
chocolate e sorvete que tiver, não se preocupe com o peso ou as gordurinhas a
mais, é só um dia afinal. Depois só aperte o play. [...] Se encontre em cada
personagem, seja no nariz ou nos gosto, se sinta em cada momento, em cada fala.
Se irrite e diga tudo o que tem vontade para seus personagens e suas falas não
aceitas e momentos impróprios. Prenda o fôlego e não pisque os olhos enquanto
não achar seguro. Aperte a almofada ou um ursinho de pelúcia. Deixe seus olhos
brilharem e inveje as cenas românticas, se ponha no lugar dos personagens, nas
caminhadas de mãos dadas num parque qualquer, em um jantar a luz de velas ou em
brigas com seus finais em lençóis e camas. Se emocione e segure as lagrimas
presa nos olhos. Chore. Desconte nos créditos finais toda a sua raiva, sua
insatisfação pessoal e suas vontades. Não saia de casa. Durma. Sonhe e esqueça
que dia é. Não pergunte as horas. Vai acabar, não é o fim do mundo garota. Não
pense, não espere. Ursos, flores e bombos não servem para nada.
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