terça-feira, 26 de junho de 2012

Pelo vinho e pelo pão




Olhando para os séculos passados e os que estão por vir, só vejo poeira, uma grande e densa poeira. Porque o ser humano é somente isso aos olhos de quem está em cima. O breu de ajuda e a massa de necessidade onde reina o capitalismo – ou fascismo abstrato, para quem vê além disso.- A população cresce e o ser da sociedade acaba, se extermina. Sobre uma face os heróis e os vilões do outro lado da moeda. A esquerda, direita, ambos os lados e lado nenhum, são somente divisões do parlamento, que falar por falar é a única direção certa. São canibais de primeiro mundo, onde o pensar do outro lado das torres de decisão são proibidas por leis que nunca foram faladas. [...] Gritarias e cartazes erguidos na avenida, enquanto na torre mais alta, eles riem de quem está tentando mudar o mundo. Coroas e cetros substituem ternos e cérebro, pra quem enxerga sua cadeira como um trono. E então quem segura os cartazes desiste, sem apoio. E quem se envolveria? [...] E as aspas fazem o trabalho do chamado governo, dominando o plural do imperfeito.

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