E os doze meses se passaram, rápidos demais. Lembra do ultimo réveillon? Das promessas e das conquistas do último ano? Alguma coisa realmente mudou? Quais foram as metas vencidas, os problemas resolvidos, as promessas que foram ditas no brindar das taças? As prestações, as taxas e seguros, as saídas de fim de semana, as idas a academia, as aulas de violão ou o cursinho técnico, quantos foram feitos ou passados da primeira semana? As pessoas se preparam para o dia 31, vestem-se de branco ou qualquer cor que lhes traga sorte – mesmo que a superstição seja falsa e inacreditável – enchem as taças de champanhe ou qualquer teor de álcool, bebem, comemoram, são felizes pelo passar dos minutos da meia noite e criam vontades, achando que continuaram assim ao resto no novo ano, e logo no primeiro dia a preguiça toma conta, ocupa todos os 364 dias restantes, pra que prometer tanto e encher de fantasias e idéias quebradas a preguiça de fazer?
Que venha 2012, que traga todas as promessas da véspera da troca de ano, que surpreenda os que não cumprem promessas, e que encha de vontade o querer dos sonhos. Vista sua roupa, comprada com o suor do mês, ou tirada às pressas do guarda roupas, encha sua taça de champanhe e brinda a loucura do tentar. Que venha 2012, que me traga alegria, que me traga vontade e não promessas, que me tire da rotina, do circulo diário, que me encha de querer, querer de sonhos, querer de abraços e querer de coração. Que venha 2012, que venha com todos os fogos de artifício exagerados, que grite, que desperte, que brilhe. Que venha, e traga paz junto com ele.
(meumundoilusionário♥)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
sábado, 17 de dezembro de 2011
Tente outra vez
E então você suspira, um suspiro tremulo, que denuncia todo o choro de minutos atrás, você suspira e seu coração se aperta, e você abraça seu travesseiro como se pudesse abafar toda a vontade de gritar. Você não sabe o que fazer, às vezes fecha os olhos como se fosse só mais um pesadelo, e logo quando abrir vai pensar em como o sonho foi real, mas não acontece nada. O seu coração começa a se apertar novamente, e de tão disparado, você não sente mais as batidas, as lágrimas voltam e você soluça, com medo de que alguém ouça e vá ver o que aconteceu. Você se lembra de tudo, e como se não bastasse, recorda cada detalhe, desde o começo, lembrança por lembrança e pensa em como foi possível chegar aonde chegou. As lágrimas não param e a dor continua. [...] E então você acorda, tentando não se lembrar do que aconteceu no dia anterior, e mesmo com toda aquela dor no peito e o coração disparando cada vez que as lembranças anteriores invadem sua cabeça, você está de pé, não está? Você sorri e finge que não aconteceu nada, finge que é só sono, ou dor de cabeça. As pessoas te animam, quem te conhece te abraça, e por alguns momentos você esquece aquela dor no seu peito, mas ela não passa, como você achou que tivesse passado.
E então você se vê sozinha mais uma vez, e você sente que nada mudou, e todos os dias vão ser os mesmos, até que você se acostume com a dor, até que aquele machucado cicatrize. Mas toda cicatriz deixa uma marca, qual você lembrara pelo resto da vida.
”Sentimentos são como machucados, se você não cuidar ele vai doer mais e infeccionar, até que crie cascas e vire uma cicatriz, que você nunca vai esquecer. Se você cuidar e não deixar que infeccione, pode não virar uma cicatriz, que você talvez nunca lembre.”
(meumundoilusionário♥)
E então você se vê sozinha mais uma vez, e você sente que nada mudou, e todos os dias vão ser os mesmos, até que você se acostume com a dor, até que aquele machucado cicatrize. Mas toda cicatriz deixa uma marca, qual você lembrara pelo resto da vida.
”Sentimentos são como machucados, se você não cuidar ele vai doer mais e infeccionar, até que crie cascas e vire uma cicatriz, que você nunca vai esquecer. Se você cuidar e não deixar que infeccione, pode não virar uma cicatriz, que você talvez nunca lembre.”
(meumundoilusionário♥)
A Montanha Magica
Da sacada de sua casa ela viu as luzes se acenderem, uma a uma. Eram 18horas, a noite chegava sorrateira, trazendo a brisa de companhia, fazendo com que um arrepio percorresse seu corpo. Despertou. Piscou varias vezes, há quanto tempo estava lá? O sol já havia se posto, e não percebera, nem ao menos notara as luzes apagadas e a escuridão do seu quarto. Não, não havia dormido, apenas se desligara do mundo, estivera acumulando coisas de mais para se pensar. Tirou os fones de ouvido, estavam tão perfeitamente encaixados, mostrando que aquela era a sua rotina, os seus fones de ouvidos, a sua música. [...] Se levantou devagar, esticando cada parte do corpo, estralando-os, estiveram ali por tempo demais. Apoiou os cotovelos no muro da varanda, observou a agitação das pessoas lá em baixo, as expressões vazias de qualquer sentido, poderiam ser comparadas com robôs, mas eram só fantoches da rotina. Passos rápidos, eram só isso que descreviam as pessoas lá em baixo, apenas passos rápidos, sem nada a acrescentar, sem nada a se reparar. Sem sorrisos, sem conversas, apenas passos rápidos. [...] A brisa suave se transformou em ventania forte, balançando as poucas arvores que haviam nas ruas, agora as pessoas quase corriam. Vento; o tão grande anunciador da chuva... Os primeiros pingos caíram, os guarda chuvas já podiam ser vistos lá em baixo, mas ela não saíra de lá, continuou observando as pessoas, mesmo com a chuva sob si. [...] A chuva havia diminuído, mas ela não se movera, estava molhada, e mesmo com os cabelos pingando, não se incomodou. A chuva se acalmara, e incrivelmente fizera o mesmo efeito com o coração dela.
Há Tempos
Você sabe, não precisava ir embora, apenas precisava entender, não a mim, mas ao nosso amor que era tão complexo e inaceitável. Volta pro meu mundo, bagunça meu cabelo e me deite no seu colo. Não precisa ser intenso, não precisar ser rápido, pode vir com calma, dando pausas e respirando, deixando que o caminho te guie de volta pra mim, e se ele não guiar? Você sabe o caminho de casa, não poderia voltar sozinho, querido?
Eu não esqueço as noites em que você atravessava sua cidade naquele seu carro velho, apenas para me dar um beijo de boa noite, naquelas noites em que eu te ligava pelos meus pesadelos, e você nunca voltava para casa, ficava no meu pequeno apartamento, fazendo com que os sonhos ficassem de lado. Lembra como nem a distancia das nossas cidades nos atrapalhava? [...] Você havia mudado seu curso, estávamos mais próximos, eram só 30 minutos, e nossos dias passaram de um para cinco, você vinha toda noite e nunca retornava, vivíamos juntos, de uma maneira ou de outra. [...] As oposições também eram grandes, sabe... Eu sempre lutava, mas você deixava as coisas continuarem. Foi tão difícil se impor diante das barreiras, quando já tínhamos superado milhares de muros?
Volte com o café e as torradas na bandeja, volte com o cabelo nos olhos e o sorriso de lado. Você sabe que eu amava isso, não sabe? Então apenas volte, e traga tudo de volta com você.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Alívio imediato
Fira-me com a mentira e a verdade nunca mais será a mesma. Deixe-me seguir sozinha e a companhia não será mais necessária. Você tem escolhas, faça-as e não reclame das minhas decisões. Se você me tem, não me deixe partir, não faça-me escorregar pelas suas mãos, não me perca, como você está fazendo. Eu estou aqui não estou? Mas isso não é o suficiente nem para você, nem para mim. Eu tentei fazer você ver além de onde seus olhos me viam, eu tentei fazer você ver através de mim, mas você ignorou, não foi? Você me mandou embora do seu mundinho, me deu as costas e fechou as portas, e por que quer reabri-las agora? Eu mudei, eu amadureci, e agora você acha que sou suficiente para você? [...]Sabe, fazia tempo em que eu não sorria tão verdadeiramente como nesses últimos dias. Você enfim foi embora. Foi embora daquele lugar, da minha vida, dos meus pensamentos. Acho que agora sim é hora de dizer que estou livre, seu silencio me libertou, mais que todas as suas palavras me prenderam, mais que todas as suas mentiras me sufocaram. Eu sinto, aqui bem no fundo, eu sinto, que essas serão minhas ultimas palavras para você. É engraçado com as coisas mudam, não é garoto? Há algum tempo atrás eu estaria aqui, parada olhando para essa mesma tela em branco, tendo tanta saudade em tão poucas palavras. Eu estaria com o coração acelerado, colocando todo o meu sentimento por você nessas linhas. Mas agora? Agora não há nada, só o sentimento de pena e alivio, porque não eu não posso adiar as palavras que eu tanto ansiei em escrever; Adeus meu bem, seja feliz e até quem sabe nunca mais.
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
A Dança
Esperar. E logo meu cansaço deixa de ser mental, atravessa meus ossos, pesa meu corpo. Cansei de nunca ser a única, de nunca ser a certa, de nunca ser a opção. Sempre a amiga, a que espera, a que escute, a que aconselha. Você se encanta, eu me apaixono, você fala, eu me iludo, você se cansa, eu sofro, você vai embora. E eu? Eu fico aqui, sempre sendo nada, nada que marque, nada que provoque, nada que faça a diferença. Eu tento, eu mudo e eu continuo sendo nada, nada pra você, nada pra ninguém.
As vezes tento, tento ser marcante, ser algo que você sentirá falta se perder, caso eu for embora, mas sempre quem acaba indo embora não sou eu, eu sempre fico, fico pra trás, parada, sem saber o que fazer. E de tantas vezes, acabei não esperando mais, não me iludindo com simples sorrisos que não vão passar da primeira conversa. Acabei vendo o quão melhor que eu as pessoas podem ser. E que sempre alguém me trocaria. E então você sorri, e eu correspondo pronta pra ir embora, dessa vez por mim mesma. Sem ilusão. Sem expectativas. Sem dor. Sem nada.
As vezes tento, tento ser marcante, ser algo que você sentirá falta se perder, caso eu for embora, mas sempre quem acaba indo embora não sou eu, eu sempre fico, fico pra trás, parada, sem saber o que fazer. E de tantas vezes, acabei não esperando mais, não me iludindo com simples sorrisos que não vão passar da primeira conversa. Acabei vendo o quão melhor que eu as pessoas podem ser. E que sempre alguém me trocaria. E então você sorri, e eu correspondo pronta pra ir embora, dessa vez por mim mesma. Sem ilusão. Sem expectativas. Sem dor. Sem nada.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Arcrilic on Canvas
Minha cabeça dói e a música direta aos meus ouvidos parecem estourar ainda mais meus sentidos. Enlouquece meu ser, eu não penso mais. Toda essa saudade repetida, todo esse pensamento incompreensível, todo esse sentimento inacabável. Meu coração pula e se aperta, como uma virgula ou um ponto final, como cada palavra escrita me completa.
Eu não gosto de me apaixonar, vai contra meus sentidos, é como pular de um avião, numa altura grande demais para se imaginar, sem ter a certeza de que o pára-quedas se abrirá. Alguém arriscaria a queda? Ah, todos arriscam, uma hora ou outra. Basta um confiar, um toque, e todos pulam sem hesitar. E no final? Caem e se machucam. Alguns se curam e esquecem rápido. Outros não conseguem se erguer, com algumas feridas que ficam por um tempo longo demais.
Se eu pudesse voltar no tempo, eu te abraçaria mais, sabia? Eu ficaria mais perto de você, não te deixaria ir, não te soltaria, sentiria seu coração, até ele se acalmar. Seu eu pudesse colar nossos lábios novamente, eu não te afastaria, ou iria querer ir embora, eu ficaria lá, esperando você começar. Se eu pudesse olhar nos seus olhos pela ultima vez, eu não desviaria, eu não hesitaria, eu não complicaria. Eu simplesmente viajaria neles, eu faria com que o mundo parasse de vez, só pelo calor que me aquecia, só pelo frio que me queimava.
Você. Sempre você. Nos pensamentos, nos sentimentos, nos sentidos. Por favor, deixe-me ir. Não me largue e me agarre na próxima esquina, não vá e volte no próximo verão. Só me deixe, por um longo período de tempo, só me faça esquecer de você. Você poderia me ajudar? Eu vejo seu rosto, eu ouço sua voz, eu sinto o seu coração. Isso já não é normal, isso já não me faz dormir bem como me fazia antes.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Tudo o que não deveria ser dito
Alguns dias, somente isso, e todo o meu sorriso irá se perder em lágrimas. Eu deveria estar feliz, eu realmente deveria estar feliz por você ir embora, mas eu não estou. A presença da idéia de você partir de vez me assusta demais, me prende o ar na garganta, eu mal consigo respirar. Seria assim se você não tivesse me deixado? Seria assim mesmo que os seus braços me envolvessem e você dissesse que tudo ficaria bem? Você ainda sim iria embora? Não, eu nunca vou saber, por que seus braços nunca vão além da minha imaginação, que insiste em te ter aqui, insiste em fazer de você o mundo que eu queria que tivesse sido.
Nós nos separamos é verdade, mas isso nunca me impediu de sobreviver a base do seu sorriso que nunca foi meu. Quem poderia saber que por trás do sorriso feliz e do ‘Isso é passado” tinha alguém que se alimentava de cada fragmento solto no ar, de cada sorriso que nunca foi meu e de cada olhar que nunca me alcançou? Quem poderia saber que eu ainda te amava do mesmo jeito e que sem você meu mundo se partia em pedaços pequenos demais para serem recolocados de volta no lugar? Ninguém poderia saber, muito menos você. Eu fingi e menti muito bem o tempo todo. Atuei com maestria sobre não deixar você perceber. E o que eu ganho agora? Quando meu sorriso não é mais capas de esconder sua falta? Quando as mentiras de um outro alguém não são capazes de me distrair? O prêmio de consolação ou um simples parabéns por ter tentado?
Depois de 4 meses e as tantas vezes que fui e voltei são inacreditáveis. Algumas fichas caídas, soluços a noite, uma brecha de esperança num outro dia, a volta pelo caminho já trilhado milhões de vezes. Eu estou andando em círculos sabia? Rodando e rodando, sem nunca chegar a algum lugar. Posso te culpar por ter me deixado aqui? Ou apenas admitir que eu que nunca deveria ter entrado?
Eu nunca deveria ter começado a escrever sobre você. Esse deve ser o vigésimo texto, dizendo e dizendo, sem nunca realmente dizer nada. É como se os 2% esvaziados com cada 30 linhas se preenchesse a cada segundo. Mas me diga o que eu vou fazer, se nem meu maior remédio está curando a sua falta? Você nunca vai saber disso.
Mas logo eu nunca mais vou te ver, nunca mais vou ter seu sorriso me aquecendo e me aterrorizando de um jeito bom e ruim. Lembra das antíteses? É, elas voltaram. Qual vai ser o jeito se eu já nem lembro mais do seu sorriso por algumas horas que passaram?
Nós dois sofremos. Eu sinto a sua falta e ela não te da à mínima, não é? Eu corro atrás de você, enquanto você faz tudo por ela. Quem pode julgar a mim ou a você? Quem pode dizer que nós somos insanos por ir atrás do que nos faz feliz? Eu sou insana. Quero o que não é e nunca me pertenceu. Morro por algo falso que está vivo em minha memória. Mas quem poderia me culpar? Eu culpo.
E eu me pergunto, no final de todas essas perguntas, como eu posso escrever um futuro envolvendo o passado? Como eu posso querer você na minha vida, com todos os meus planos, se você foi embora a um tempo atrás? Você simplesmente não faz parte da minha vida, e eu tenho que entender isso antes que seja tarde, antes que o seu sorriso se vá e me deixe no escuro do meu caminho, sem ele me iluminando. Agora vá de uma vez, antes que eu me enlouqueça, antes que você me faça perder o resto de realismo que existe em mim em algum lugar. Antes que o sentido fuja mais ainda de mim. Somente vá, e, por favor, leve tudo o que é seu, tudo que eu não consigo soltar e deixar ir. Me desgarre das suas lembranças e leve-as com você. Vá e nunca mais volte, nunca mais encare e nunca mais sorria. Vá e me deixe aqui, eu encontro a saída, eu sempre encontrei tudo, sozinha.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
As quatro estações
Ouvia o barulho das gostas de chuva tocarem o chão. Olhando para o teto, apenas ouvia o barulho da chuva, sem pensar, sem chorar, sem nada. Era como se tudo ao seu redor ficasse em paz. E os trovões? Esses já não a assustava, ela gostava deles, acolhia-os como uma velha amiga, como uma visita que nunca se demora, que nunca fica por muito tempo. Os relâmpagos eram a luz que lhe invadia, algo tão raro, vinha e em questão de segundos já a deixava, era apenas um olá da tempestade. Repetitivamente. O céu, oh como ela gostava dele, tão cinza, tão vazio, ele acalmava-a, deixava-a com a respiração presa. E a noite, oh ela amava a noite, a escuridão não amedrontava-a como costumava fazer na sua infância, era tudo tão forte, tão superior. Ela podia imaginar, oh como podia, imaginava as gostas caindo dos telhados, a garoa e o que sobrara da tempestade, e a imensidão noturna. Ela podia sentir o cheiro, não sabia explicar como era, mas era o cheiro do tempo úmido, do frio e do vento que entrava pelas persianas entreabertas e mexiam nos cabelos de quem se encontrava no meio dele. O frio, esse sim era seu grande amigo, amigo aquele que a confortava e a abraçava. Grande companheiro do inverno, inverno esse que havia chegado com toda a sua força e esplendor, abraçando quem o deixava entrar. Oh como ela gostava de tudo isso, dos chocolates quentes servidos na sala em volta do cobertor, dos cachecóis que ficavam ao vento toda vez que era posto a rua, adornando e esquentando quem o usava. Aquela sem duvida era sua estação preferida. Sorriu e em sussurros disse-lhe “Bem vindo meu velho amigo.”
sábado, 15 de outubro de 2011
Música de trabalho
Deslizou a pincel fino de tinta azul por todo o contorno preto, preenchendo-o, fazendo assim mesclas entre ambos. Seus pensamentos haviam sumido, enquanto fazia aquele grande pedaço branco ser preenchido, não só por cores, mas também por sonhos. Um borrão vermelho, outro cinza, e assim as cores iam tomando espaço, preenchendo não só a tela, mas também o seu coração, fazendo-a se esquecer por um tempo, observando somente as cores. Suspirou. Molhou levemente o pincel na tinta vermelha, levando-o para a tela e o descendo suavemente. E assim foi, com toda aquela mistura e troca de cores, fez mais um sonho sair de sua cabeça. Sorriu, dando três passos para trás, admirada. Havia terminado, finalmente, depois de tanta tintas e tantas telas jogadas fora. Ficou por um tempo lá, com a respiração presa, tentando achar algum defeito, qualquer coisa que fosse, algo que fizesse todo o seu trabalho ir por água a baixo. Nada encontrou, suspirou aliviada, finalmente poderia entregar a sua obra a quem tanto esperou por ela. Sorriu novamente.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Depois do começo
Está tudo tão escuro aqui, e eu estou tão sozinha, como em mais um daqueles dias em que sorrir não vai fazer diferença, e que as pessoas iram se contentar com o meu “Estou bem.”. A solidão vai me abraçando aos poucos, preparando o terreno antes de me tomar por inteira. Palavras e mais palavras, e nada mais vai fazendo sentido, como tentar existir por linhas apagadas, como tentar criar vida através de verbos passados. As lágrimas não caem, e isso pesa nos meus ombros, transparece pelas olheiras do dia seguinte. São tantos erros que me assusta a idéia de estar acertando, são tantos desafetos que me assusta a idéia do apego. E as pessoas me perguntam onde estou, quando nem eu mesma sei direito. Eu só queria sumir, e quem sabe essa confusão também desaparecesse.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
O Grande Inverno da Russia
Minha vontade de escrever se foi. Foi sem dar sinal de paradeiro, ou retorno. Foi sem nem perguntar o que eu seria sem ela, como eu iria fazer quando as lágrimas não coubessem mais nos olhos, e eu estivesse com medo de deixá-las caírem. Ela me deixou aqui, sem saber o que fazer, tentando e tentando, sem sucesso algum.
Palavras soltas, verbos sem conjugações, interrogações, pontos finais, e virgulas, tudo se mistura, formando um nada, um nada tão grande que perfura todo o meu sentir, que me faz perder o ar dos pulmões. Eu tenho necessidade de dizer, através das palavras, tudo o que não ouvem atrás da minha voz, tudo o que não aparece, através do meu olhar, tudo o que meu sorriso tampa e mascara.
Mais uma vez eu me perdi nas linhas das minhas palavras, tentando fazer com que todo esse sentimento se exploda nas linhas brancas que estão diante dos meus olhos cheios de sentir. Mais uma vez eu não soube com quais palavras começar ou seguir, sem ter ao menos uma frase fazendo sentido. Concordâncias, verbos, substantivos, advérbios, artigos, sujeito, predicado, corretos, incorretos, simples, compostos, singular, plural, futuro, passado e presente se misturam. Minha vontade de me desfazer nas palavras fica maior a cada começo jogado de lado, a cada sentimento sendo quebrado sem saber como continuar. Mas, como expor aquilo que esta no ímpeto da alma? Aquilo que está intocável no coração? Ou lágrimas ou palavras, escolha. Eu prefiro escrever, prefiro criar um mundo meu, fazer e desfazer, iludir e aumentar. Essa é a minha vida.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Se fiquei esperando meu amor passar.
Ei querido, como está? Sinceramente, eu espero que você esteja bem melhor do que eu estou no momento. Sabe, essa deve ser a décima quinta carta que te escrevo, sem nenhuma intenção de entregá-la em mãos. Mesmo prometendo não escrever mais para você, sempre resta algo não-dito, algo por colocar no final. E meu conforto é poder escrever sem me preocupar com o que você poderia achar, ou com os risos de desdenha que você daria. É que era tudo tão bom, sabe? Que agora, pensando em tudo, fica difícil acreditar que foi tudo mentira, ou acreditar que tudo não passou de um sonho. E então eu penso em como as pessoas podem mentir desse jeito. Você foi o mais perto que ninguém jamais conseguiu de mim. Você quase desvendou os meus medos, quase desfez minhas amarras, quase me teve por inteiro. Quase.
Agora eu te vejo de longe, e aquela vontade de te abraçar não explode mais no meu peito, vai ver eu já me acostumei a não te ter mais, mas de alguma maneira, você ainda ronda meus pensamentos, como uma incógnita, sem nenhuma explicação. E se você não tivesse ido, onde estaríamos agora nessa tarde ensolarada? E se você tivesse me abraçado naquela hora, olhando nos meus olhos e me pedido pra esquecer tudo, que suas palavras foram tolices? E se eu tivesse feito tudo diferente? E essa sombra do ‘e se’ me atormenta, me tira o sono, me faz pensar no que poderia ter sido e não foi, e eu não quero mais pensar em nada disso. Estive olhando por tempo demais para suas fotografias, e me fez lembrar em como seu sorriso era bobo, e em como seu corpo em aquecia. Você nunca vai saber que, quando você foi embora, aquela sua blusa, tão maior que eu, era meu conforto para me fazer dormir a noite, e esperança que você fosse voltar. Tolice demais, eu sei, você já não ligava mais. Um mês havia se passado, e o cheiro daquela blusa ainda não tinha saído, e eu não reclamava por isso, afinal, aquilo era você nos meus sonhos loucos, onde eu acordava na madrugada a sua procura. Mas ela não fez mais sentido no quinto mês. Joguei-a fora, sim, meus olhos estiveram mais vermelhos naquele dia do que em todos os outros meses. Talvez fosse por saber que você não voltaria, e minha ficha tinha realmente caído. Depois daquele dia eu passei duas semanas trancada no meu quarto, sem responder a ninguém.
E hoje faz um ano sabe, mas tudo bem, você já não me afeta mais, sua presença não me incomoda como antes. Agora eu posso voltar aos lugares que íamos juntos, sem precisar sair correndo pro medo de me verem chorando. Eu te amo ainda, acho que isso nunca vai mudar, mas eu acho que esse é o nosso final querido, bem, me deixa enxugar as últimas lágrimas e te dizer adeus, mesmo que você não saiba. Durma bem.
sábado, 27 de agosto de 2011
Refrão de Um Bolero
De: Uma garota qualquer.
Para: A pessoa mais sortuda do mundo.
Para: A pessoa mais sortuda do mundo.
Ei garota, eu só queria te avisar uma coisa; ele te ama. Eu sei, você fingi que não sabe, aliás, quem não sabe? Eu sabia disso, bem antes de me apaixonar por ele. Masoquismo? Não, eu achei que ele te esqueceria, achei que seria diferente do que sempre é. Mas ele não conseguiu te esquecer, e eu entendo, você é perfeita, como qualquer garota gostaria de ser, e o tipo perfeito para qualquer garoto, o tipo perfeito para ele.
E eu queria saber querida, por que você ainda não se jogou nos braços dele? Eu sei que ele faz de tudo para te fazer sorrir, eu sei que ele pensa em você 24h por dia, que é carinhoso e romântico, e que nunca te magoou.
Sabe, se eu o conheço bem, pode apostar que agora ele esta olhando para o teto do quarto dele, pensando em você, no que você disse e no seu sorriso. E eu sei que ele sorri junto, enquanto ouve as músicas que vocês dois tanto gostam. E eu também sei que ele sonha com você, tanto acordado como dormindo, sabe aquela família linda que vocês formariam, então.
Sabe, talvez se você deixasse, você também iria se apaixonar, talvez se você se permitisse, você descobriria o quão bom ele poderia ser para você. Ele tem manias encantadoras, do tipo apaixonante. E você pode dizer o que quiser, ele sempre vai estar lá. Ele vai te fazer sorrir, enxugar suas lágrimas e te abraçar. Vai te deitar no colo e acariciar seus cabelos, até que você durma, e então ele vai ficar te olhando, pensando em como tem sorte em estar com você. E sabe o que é pior? Você tem tudo isso e não se importa, não da a minima. E não sabe o quanto eu desejaria estar no seu lugar, sendo amada desse jeito. Agora garota, tome uma atitude logo, por favor, me mataria se ele estivesse com você, mas mesmo a ideia de vocês juntos me dilacerando, é mais doloroso vê-lo se arrastando aos seus pés desse jeito. Eu quero vê-lo feliz, sabe? Eu quero poder ver aquele sorriso no rosto dele, aquele sorriso que eu tanto preciso, e eu não me importo se seja você quem o faça sorrir, mas simplesmente o faça. E uma última coisa, não deixe que aquele olhar se apague, que o brilho dos olhos dele sumam, eles são meu ar, você não só acabaria com ele mas me mataria também. Faça-o feliz, por favor.
E eu queria saber querida, por que você ainda não se jogou nos braços dele? Eu sei que ele faz de tudo para te fazer sorrir, eu sei que ele pensa em você 24h por dia, que é carinhoso e romântico, e que nunca te magoou.
Sabe, se eu o conheço bem, pode apostar que agora ele esta olhando para o teto do quarto dele, pensando em você, no que você disse e no seu sorriso. E eu sei que ele sorri junto, enquanto ouve as músicas que vocês dois tanto gostam. E eu também sei que ele sonha com você, tanto acordado como dormindo, sabe aquela família linda que vocês formariam, então.
Sabe, talvez se você deixasse, você também iria se apaixonar, talvez se você se permitisse, você descobriria o quão bom ele poderia ser para você. Ele tem manias encantadoras, do tipo apaixonante. E você pode dizer o que quiser, ele sempre vai estar lá. Ele vai te fazer sorrir, enxugar suas lágrimas e te abraçar. Vai te deitar no colo e acariciar seus cabelos, até que você durma, e então ele vai ficar te olhando, pensando em como tem sorte em estar com você. E sabe o que é pior? Você tem tudo isso e não se importa, não da a minima. E não sabe o quanto eu desejaria estar no seu lugar, sendo amada desse jeito. Agora garota, tome uma atitude logo, por favor, me mataria se ele estivesse com você, mas mesmo a ideia de vocês juntos me dilacerando, é mais doloroso vê-lo se arrastando aos seus pés desse jeito. Eu quero vê-lo feliz, sabe? Eu quero poder ver aquele sorriso no rosto dele, aquele sorriso que eu tanto preciso, e eu não me importo se seja você quem o faça sorrir, mas simplesmente o faça. E uma última coisa, não deixe que aquele olhar se apague, que o brilho dos olhos dele sumam, eles são meu ar, você não só acabaria com ele mas me mataria também. Faça-o feliz, por favor.
(meumundoilusionário♥)
sábado, 23 de julho de 2011
A Tempestade
E então viu-se sozinha novamente, abraçada pela escuridão daquele quarto que nunca antes fora reconfortante. A solidão acariciava sua face, acolhendo-a, mostrando que não importasse quantos, ela sempre iria estar lá no final de tudo. As lágrimas, que antes fizera tudo para não deixar rolar, agora passeavam livremente pela face pálida, uma a uma, e nada mais a fizeram parar. Sentia-se tola, estúpida e ingênua. Não sabia mais quantos adjetivos ofensivos poderia usar para expressar toda a raiva que havia chegado, explodido dentro de seu peito, como fogo em palha, como se até a mais forte água fosse incapaz de ajudá-la. Foi então que um raio, seguido por trovões, iluminou toda a escuridão de seu quarto, e por segundos iluminou também seu interior. Limpou as lágrimas e sorriu. Da sua janela, viu a tempestade que havia se formado, viu o céu cinza e o vento forte que derrubava as folhas secas das árvores, e viu seus sentimentos naquelas árvores, nas folhas que caiam fragilmente, quando aparentemente, eram tão fortes. Sorriu. Logo os primeiros pingos de chuva caíram, magnificamente frias, e rapidamente a chuva mostrava sua força, sua magnitude. E então a tempestade começara. E então adormecera, na sua dor, na sua raiva, no seu coração despedaçado. Ela sabia, na aurora seu sorriso esconderia as lágrimas da noite interior. Nada mais veriam. E a promessa de ser fria, magnífica e forte como a tempestade, sobrara somente isso, a esperança de nunca mais ter seu coração partido.
Andreia Doria - Clarisse
Oh, vocês não imaginam quantas pessoas eu já observei, quantas pessoas conheci, no mais intimo de suas almas, no mais fundo de seus corações. Na verdade eu gosto de ver as pessoas, de reparar nos sorrisos, nos olhares e nos jeitos, mas nunca me esquecerei daquela garota, daquele semblante forte, que escondia mil e umas fraquezas e fragilidades, daquela pessoa tão incrível que ninguém nunca percebeu.
Faz tempo, sim, como faz, mas ela continua intacta nas minhas lembranças, cada uma delas. E é tão incrível como as pessoas não enxergam coisas simples, como um sorriso e um piscar de olhos, é só reparar, os pequenos detalhes mostram mais que horas de conversa. E foi no meio de tantas pessoas que eu a encontrei, sentada em um canto qualquer, junto com vários amigos, e ao mesmo tempo se sentindo totalmente sozinha, como sei isso? Simples, ela podia estar sorrindo, mas seus olhos me mostravam a verdade que ninguém nunca tentou procurar. Ela sempre esteve lá, dando amostras de seu interior, dando risada de tudo, simplesmente encantadora, e como ninguém nunca a notou? Eu não sei.
Mas nem sempre é assim, nem sempre eu consigo ver o que ela está sentindo de verdade, porque ela fingi muito bem. Ela sempre foi boa em atuação, em mostrar felicidade quando essa não existia, disfarçando tido apenas com seu sorriso, e como era lindo seu sorriso, ela não gostava, não acreditava, mas era o sorriso mais lindo que já vi.
Nunca entendi o motivo de terem quebrado aquele coração, de como o garoto que o fez era idiota por tê-la perdido. Ele fora o primeiro que conhecera o seu interior, que descobriu o quão diferente das outras ela era. Ele descobriu seus ataques de insegurança e suas indecisões, e não eram poucas. Mas ele nunca notou coisas simples, como sua mania de falar demais e rir de tudo. Sua paixão por escrever, ler, ouvir músicas e desenhar. E como os fazia, era uma necessidade incontrolável, e poucos sabem disso.
Ele nunca percebeu em como ela era engraçada, em como era desastrada e as vezes tímida. Como se camuflava atrás de uma capa de pseudo-frieza, tentando evitar sofrimento. E em como ela era estranha, adoravelmente estranha. Mas ele mentiu, a fez acreditar em um suposto amor e logo depois foi embora. Por que ele o fez? Bom, isso ela nunca jamais vai saber.
Ela era só uma garotinha medrosa, uma garotinha que fingia ser forte e não ligar para sentimentos, uma garotinha que tinha medo de sofrer de novo, mas que sempre ficava em duvida entre tentar e recuar. Eu descobri isso na primeira vez que a vi chorar, lá estava ela, abraçada ao seu travesseiro, com suas músicas e seus textos, chorando. Lágrimas e mais lágrimas caiam, e perduraram pela madrugada inteira. A escuridão a acolhia, e eu percebi que ela nunca iria chorar na frente de ninguém.
As vezes eu tinha a sensação de que ela iria explodir, de que não agüentaria mais, mas eu sempre estive errado, ela sempre conseguia levantar a cabeça e sorrir, mesmo que para ela, tudo estivesse desabando. Ela era surpreendente, conselheira e amiga, não importava quem fosse, ela estava disposta a ajudar. Esperta e desconfiada demais, porque não importa o que diziam, ela nunca acreditaria totalmente.
A ultima vez que a vi, faz tempo, lá estava ela escrevendo mais uma vez, desabafando por meio das palavras, fazendo delas seu consolo, seu ombro amigo. Escrever, para ela, era a única forma de dizer sem precisar falar absolutamente nada, e ninguém sabia, que somente lendo as entrelinhas de seus textos poderiam a conhecer como eu a conheci. E dessa vez lá estava ela, concentrada, pensativa, escrevendo sobre ela mesma, escrevendo sobre o que ela queria poder acreditar que realmente era, talvez por isso o fosse, ou talvez tudo se perderia nas linhas e ela se anularia novamente. Mas quem sabe, no querer acreditar, ela não passasse a sê-lo?
terça-feira, 12 de julho de 2011
Like a Stone
Mais um dia havia se passado, e de tão vagaroso, era quase possível sentir o pesar que eles se arrastavam. Como que se não quisessem sumir para dar lugar a um outro dia, como se quisessem ficar ali, para sempre. Mas ela ansiava pelos dias, como se eles fossem seu remédio, e talvez quem sabe fossem mesmo. Inspirou e expirou. Tirou os grossos cobertores de sobre seu corpo e se levantou, indo em direção ao pequeno banheiro de seu pequeno quarto.
A água que escorria pelo seu corpo tirava todo seu pesar, toda sua magoa, fazia-a se sentir viva de novo, mesmo que por alguns minutos, mesmo que todo aquela dor fosse voltar depois. Encostou a testa nos azulejos da parede, e fechou os olhos, apenas mais alguns dias… Era isso que a fazia se levantar todas as manhãs e enfrentar todas as pessoas a sua volta, era isso que a fazia continuar a respirar. A esperança dos dias irem, e o tempo fazer seu trabalho, a esperança dos dias acabarem e não ter que olhar mais ao redor, a esperança de estar novamente em casa. E mais uma vez colocou os fones nos ouvidos, apertou o play da primeira música que apareceu na sua lista, aumentou o volume, pegou seu casaco, abriu seu sorriso e saiu de casa. Era assim que aprendera a viver, sorrindo e não ouvindo mais nada.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Segredo da luz
Um dia olhando para o céu de uma noite escura, ela chorava. O motivo, embora um pouco tolo, era o problema que tinha com ela mesma. Ela si odiava, se achava ridícula, feia e estranha. Passava dias e dias desejando ser outra pessoa, ou qualquer outra coisa. As estrelas daquele céu brilhavam e ela desejava aquele brilho pra si, algo que a individualizasse das demais garotas. E foi desejando esse brilho que adormeceu, como das muitas outras vezes.
Os dias se passavam, e aos olhos dos outros, ela continuava a mesma garota invisível. Ninguém sabia a garota incrível que ela era, ninguém queria conhecer. Por que as pessoas nunca notam o quão incríveis as outras pessoas podem ser?
Ela vivia isolada do mundo, sua única companhia era sua música e seu fone de ouvido. E assim ela viveu, sempre a sombra do que as pessoas achavam e viam. Ninguém se aproximava.
Sorria e sofria. Era sempre assim, uma pessoa com um sorriso estampado na face, porém com um coração quebrado no peito, que ainda batia.
Um dia, olhando para aquele mesmo céu, e com as mesmas lágrimas no rosto, ela resolveu se aceitar, decidiu então, que ela era ela, e assim seria. Não se escondeu, não sentia mais vergonha de si. E então aos poucos algumas pessoas se aproximaram, algumas se encantavam, outras desprezavam o que conheciam dela. Ela aprendeu a lidar com seu estranho jeito e suas estranhas manias. Aprendeu a lidar com todas aquelas criticas que passou a receber. Aprendeu a gostar do seu interior e do que o reflexo refletia. E gostando do seu jeito, as pessoas a viam. Alguns não sabiam explicar que brilho era aquele, que a individualizava das outras tantas garotas.
Porque sendo exatamente como ela era, ela não precisava mais ter inveja das estrelas, pois agora tinha seu brilho próprio.
Coisas do coração
Inspira e expira. Sabe quando você respira, mas não vive? Tenho estado assim a exatamente um mês. Agora vamos admirar a arte de sorrir, a arte de manipular as emoções e trancar tudo com um sorriso. Na maioria das vezes as pessoas não duvidam de um sorriso, por mais falso que ele seja. Você tranca toda a sua fragilidade, e se torna falsamente forte, ao olhar dos outros. Fingir não se importar, quem nunca fez isso? Fingir que o não se importar é recíproco só para não mostrar o quão abalável isso é.
Eu não choro em público, nem que seja pra uma pessoa só, nem que seja para ser abraçada. Meus olhos enchem de lágrimas, mas as lágrimas não escorrem. Porque é tão ridículo mostrar a verdade por trás de tanto sorriso. Mas eu não digo que é impossível. Se você me ver chorando, se preocupe. Não é um motivo banal, não é drama. Se você me ver chorando, é porque a dor era grande demais, grande demais para ser encoberta por sorriso.
Nunca duvide do meu “Eu te amo”. Eu não sou do tipo fútil que sai distribuindo essas três palavras para qualquer pessoa. Eu não declaro sentimento, não se eu não sentir. E eu nunca disse essas três palavras a alguém, acho que o amor não é algo que adolescentes sentem, acho que o amor vai muito além de mãos dadas, amor vem da convivência, o amor vem da aceitação, vem do perdão, e do conhecer da outra pessoa. Um casal com mais de 5 anos de casamento se amam, o resto mantém paixão. Mas o que a maioria das adolescentes da minha idade acreditam é que o símbolo do amor é um casal apaixonado, mas isso é mentira. O amor vai além disso, vai além de tudo que é possível imaginar.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
I want you to fuck.
Ah quer saber, pode ir iludir as suas garotas, com os mesmos “Eu te amo” de sempre, sem sentir absolutamente nada. Pode dizer mil e uns “Senti saudade”, sem ter nem se lembrado que elas existiam. Pode dizer que elas são as únicas da sua vida, para logo depois as deixarem sem nenhuma explicação certa. Pode mostrar todas as músicas românticas e dizer que pensa nelas, quando na verdade, não significa nada, aquelas músicas, pra você. Pode dizer coisas bonitas, mas sem nenhum sentimento. Pode dar todos os seus abraços e beijos convincentes, seus sorrisos e olhares, eles não são verdadeiros, e nenhuma delas sabe.
Seja fofo, educado, carinhoso, romântico, cavalheiro, sensível, engraçado e legal. As faça se sentirem as mais importantes, as mais bonitas, e aquelas que nunca serão trocadas. Faça promessas e mais promessas, jure amor eterno e faça-as caírem nos seus braços, verdadeiramente apaixonadas e depois vá embora, simplesmente vá. Como você sempre fez e vai continuar fazendo. Você mente bem, muito bem, aliás.
Depois mostre a única verdade por trás de tudo, que você não se importa.Veja-as chorando, mostre a sua face limpa, sem nenhum pingo de remorso. Faça-as enxergarem que foram enganadas, faça-as perceberem que você mentiu o tempo todo, faça-as sofrerem. Troque-as por outras, e jogue isso na cara delas. Desfile com seu novo brinquedo, mas uma boneca iludida. Brinque com elas, monte o coração, e desmonte no final, como um quebra cabeça, embaralhe tudo, tudo o que estava certo. Tente convencê-las de que tudo que havia dito era verdade, mas prove o contrario em seus atos. Tente recolocar cada uma em sua estante, para brincar quando não tiver nenhum brinquedo novo, para quebrar os corações de plástico. Pois nenhuma delas passa disso pra você, somente um coração a mais para destruir.
Iluda, engane e minta. E no final faça-as saírem como as erradas, as loucas paranóicas, aquelas que não sabem levar um fora, que não sabem serem rejeitadas. Faça-se de santo, o bonzinho que ama todas mas não pode ter nenhuma.
Porque isso é bem a sua cara mesmo, fazer tudo isso. E agora você quer saber por que estou com raiva? Você é patético. Odeio mentira e falsidade, e odeio esse conjunto de tudo isso, que forma exatamente você. Porque o “nós” morreu naquele dia, agora só resta o “eu”, e o “você” bem longe.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Algum dia
Eu prometi que não iria mais chorar, prometi que nunca mais abaixaria a cabeça quando o mundo ficasse pesado demais nos meus ombros, prometi que não iria mais criar um mundo como refugio da realidade que me toma, me atormenta. Eu prometi tudo isso, não cumpri. Chorei, me desesperei, mantive a cabeça baixa, tentando me enterrar em mim mesma e criei vários mundos, um maior que o outro.
Desaparecer. Minha maior vontade agora, desaparecer. Queria poder deixar todo esse caos que me envolver passar, como uma brisa suave, e eu ficasse em um mundo só meu, onde ninguém pudesse entrar e quebrá-lo. Ou apenas quem sabe fugir para longe, para algum lugar onde fosse impossível localização. Você percebe o mal que esta me fazendo? Você não em deixa seguir em frente, e não me da outro caminho. Você me deixa estacionada, sem passos a frente, sem ter para onde seguir. Você não quer mesmo que eu saia da sua estante, não é? Quer sempre ter um brinquedo para por no lugar de outro. E não adiantaria eu te dizer, você não ouve nada o que eu digo, nunca ouviu. Mas eu fui um brinquedo na suas mãos, estava naquela vitrine, você me comprou, não se importou com alguns erros de fabrica, me teve nas mãos pro pouco tempo e me devolveu, sem caixa, sem nada. Me diz, adiantaria te dizer que você não pode mais me ter? Que você devolveu e agora não tem volta? Mas eu sei, você nunca me quis de volta, e nunca vai querer. É só essa vontade louca de te dizer tudo que esta engasgado na minha garganta, vontade de te expulsar da minha vida de uma vez por todas, de te perder nas entrelinhas dos meus textos e no frio das minhas lágrimas, eu só queria isso.
Um dia perfeito
Ela estava nervosa. As mãos soavam, as pernas trepidavam e as borboletas não deixava seu estômago, elas voavam livres, como se fossem a casa delas, sem se preocupar com as sensações que suas asas causavam. Os olhos dele não perceberam o medo nos olhos dela, ou talvez sim, ninguém sabe. Seus olhos estavam calmos. Os dela irradiavam insegurança e medo, talvez fosse pela aproximação, talvez fosse pela respiração de ambos que se misturavam formando-se uma, talvez fosse pela vontade de continuar, talvez fosse pelo medo de errar ou talvez, somente talvez, fosse por sabe que era a hora.
Pensar estava ficando cada vez mais difícil, era como se tudo se misturasse, impossibilitando qualquer tentativa de raciocínio. A distancia ficava cada vez mais curta, e as batidas do coração dela, mais rápidas. Tentou respirar fundo, mas os olhos dele se fecharam, ele sabia o que fazer, ela não. Logo tudo escureceu, eram os seus olhos que também tinham se fechado, sem lógica, sem explicação. E dali por diante, tudo ocorreu rápido e divagar. Foram uma seqüência de toques e sentidos, lábio contra lábio. Sentir, somente sentir, e nada mais fazia sentido. Nenhum pensamento, tudo estava branco, só se ouvia o pulsar do coração dela, ficando mais calmo, aquietando-se.
Um momento quase perfeito, inocente em seus defeitos...
quinta-feira, 16 de junho de 2011
As Flores do Mal
Se eu pudesse te dizer somente algumas palavras, você já sabe o que seria, não sabe querido? E você tem medo de ouvir, tem medo que a força das minhas palavras machuque seu ego, seu costume de superioridade. Porque seria tudo verdade, eu jogaria tudo na sua cara, e você iria fingir mais uma vez, como se eu fosse a louca que não sabe levar um fora, mas você sabe que elas iriam rondar a sua mente, fazer você pensar nelas.
Que foi? Acha que eu vou ficar a sua espera? Que vou ficar como um brinquedo bonzinho na sua estante, esperando pacientemente a vez de ser levado para brincar? Ah meu amor, não serei mais uma de suas bonecas articuladas, não agora, não mais. Agora vai, me diz o que você acha e sempre achou, não dói mais, não há mais lágrimas, você acabou com todas elas, o poço um dia tem que secar, não é? E eu cansei e sequei meu poço por mim mesma, você nunca deu a mínima pra nada, e com sorte, eu nunca acreditei totalmente nas suas palavras, foram os 30% que estão me fazendo sofrer, imagina se tivessem sido 90%? Mas era isso o que você queria, e era isso que eu iria fazer, mas você não agüentou tempo suficiente para isso, para concluir o seu joguinho inútil, joguinho de brincar com as pessoas, como se você fosse o dono de tudo, mas não é meu amor, e nunca vai ser.
Até algumas horas eu estava com um resto de esperança, aquela (as vezes) inútil e estúpida esperança, que me cegava e me fazia achar que tudo voltaria, mas quer saber? Foda-se você. Não faz mais sentido agora, não mesmo, não depois de tudo. Eu quero ser feliz, sabe? E você torna isso mais e mais difícil, sua presença me incomoda, me fere, me agride, me faz lembrar, e eu não quero mais lembrar. Me disseram que o tempo é o melhor remédio, ele vai me mostrar o caminho, mas eu nunca fui do tipo paciente, nunca fui do tipo que espera pelas coisas acontecerem, eu faço e ferre-se o tempo, é um defeito, eu sei, mas não gosto de esperar as coisas. E não vai ser diferente dessa vez, não vou deixar o tempo me fazer esquecer de você, eu quero esquecer e assim que vai ser, tão rápido quanto foi sua passagem pela minha vida.
As vezes eu queria, sinceramente ter o dom de poder apagar algumas memórias, eu mudaria muita, muita coisa. Mas sabe, não me arrependo, se eu não seguir a emoção, eu posso ver os lados positivos, sua beleza e o que eu aprendi, não muita coisa, mas o essencial. E foi tudo como eu queria, nada forçado, nada com pressa, então, não tem porque esquecer, você me foi útil, e só isso. Somente o primeiro, tem significado? Sim, mas nada que não possa ser passado de lado, eu tenho certeza, outros, outros e outros virão, você não é, e nunca vai ser o único na minha vida. Já foi o tempo, nada mais resta, só quero esquecer e seguir em frente, tenho muito a viver, e você não vai tirar isso de mim.
Game Over
É difícil de acreditar em algumas coisas, principalmente se isso machuca, é quase que impossível enxergar a realidade. Fingir que está tudo bem, que não faz diferença ou que tudo vai se resolver, não importa. Você poderia ter acabado comigo naquela hora, poderia, mas não o fez, e foi pior. Por que não acabou comigo de vez? Que diferença fez, esperar para cair à ficha? Você achou que não iria fazer mal algum mentir mais uma vez? Acho que sim, pra algumas pessoas é tão fácil quanto pratico, e enganam bem, oh como enganam. Fazem-nos acreditar, como por diversão, como se fosse para ganhar um brinquedo novo, qual colocaria na estante para quando sentisse vontade de brincar novamente. Eu fui mais um dos seus brinquedos não fui? Você é como uma criança mimada, que não descansa até conseguir, mas que diferença fez, conseguir ou não? Apenas mais um nome na sua lista ou não fui o tipo de brinquedo que você queria? Difícil de mexer e diferente, eu tinha tudo o que você não queria, mas você me articulou primeiro para me dizer isso.
Você me faz mal, é diferente agora, depois de tudo que passamos, enxergar a verdade, você me fazia mal desde o inicio, eu só não soube realmente ver a verdade por trás dos seus olhos. Você mente muito bem.
Os dias não estão fazendo tanto sentido quanto fazia, parece que todo canto tem algo seu, prendendo o pouco de ilusão que resta, e essa ilusão aumenta, tampando o pouco de visão real que eu tenho, me fazendo acreditar mais uma vez que pode mudar ou que tudo pode voltar a ser como antes, e por mais que eu repita que não, a ilusão consome.
E o pior é ver que só eu acredito, que você e indiferente, que está pouco se importando se eu choro ou deixo de chorar. Agora estou totalmente invisível, como eu estava antes, e como eu deveria ter ficado. As lembranças tornam tudo mais difícil, tudo mais doloroso, mesmo sendo tudo mentira, mesmo sendo melhor assim.
Sabe, eu queria que essa dor passasse tão rápido quando você na minha vida, que eu deixasse mesmo pra lá, e que visse que não faz mais sentido. Você quem disse, eu apenas li.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Mil pedaços
Tenho tanto pra dizer, mas tão pouco pra falar, e insistir nisso acaba piorando tudo, e o que resta é só fingir que está tudo bem e chorar quando ninguém pode ver. Sabe, eu queria que você sentisse o mesmo que eu estou sentindo, que perdesse a fome e o sorriso. Queria que você tivesse quase um colapso nervoso ao me ver de longe, que a vontade de correr e me abraçar fosse tão grande que você tivesse que segurar os pés no chão. Queria que você pensasse em mim, o dia inteiro, e que os fones de ouvido fossem sua única companhia. Queria que seu mundo tivesse acabado, e que aquelas palavra finais tivessem sido ditas por mim. Queria que seu coração doesse toda vez que as lembranças e meu rosto invadissem sua mente. Queria que você quisesse desesperadamente ser meu. Mas dói saber que isso só acontece comigo.
Me dizem tantas coisas, que fica difícil saber. Não sei em que acreditar, vou ouvir o menos doloroso, ou o mais real? Não sei. E eu só queria saber pra onde foi o nosso “Feliz para sempre”, foi tão rápido, acho que você não vai sentir falta, não como eu sinto. O que aconteceu com o meu mundo? Ele esta girando tão divagar, tão doloroso, que os ponteiros do relógio parecem se arrastar.
Estou vendo meu passado em cada futuro que torna-se presente, estou tão presa em tudo isso, onde está você agora que eu preciso tanto? Se cansou, não foi? Eu disse que você iria se cansar, você só não quis me ouvir.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Eduardo e Mônica; vamos fazer um filme?
Esse medo todo é só uma parte do normal. Esses erros todos são só uma parte do que foi. Essa vida cheia de mentiras são só fragmentos das verdades, todas assim, jogadas na minha cara. E das coisas que eu não consigo entender, você é a maior delas. E eu achei que seria fácil, que eu leria sua mente através dos olhos como eu sempre fiz, mas não foi assim. Seus olhos denunciam muito menos que suas palavras dizem, muito menos que seus gestos falam. E eu fiquei mais uma vez sem saber o que fazer, estática..
Indecifrável. Totalmente indecifrável. Sim, é impossível saber o que passa na sua cabeça. E parece que você lê meus medos, pelos segundos que seus olhos se prendem nos meus, você enxerga minha alma. Pode ser que nessa fração de segundos, você não perceba, mas quando você me abraça, meu mundo pára e gira rápido demais, e eu não sei quantas antíteses seria preciso para que você entendesse todos os sentimentos adversos que você me causa, e é tudo tão estranho. Mas eu nunca sei se me importo, na verdade, eu nunca sei de muita coisa e tudo piora quando estou com você. Longos minutos que vão em um piscar de olhos. Mas pode me abraçar o quanto você quiser, porque nesses minutos, nada importa mesmo. Nada alem de você.
Daniel na cova dos leões
Eu achei que a única coisa que me faltava para me sentir feliz e completa era encontrar alguém, achei que relações humanas fossem o resumo de tudo. Me enganei. E ainda falta alguma coisa, que está me consumindo, me matando aos poucos. Alguma coisa que grita inconscientemente, desesperadamente. E o peso das verdades inventadas vai ficando cada vez maior, quase como se afundasse o meu ser patético, fazendo o se resumir a nada. Sinto-me sendo de mentira também, inevitavelmente fingindo. E vira tudo uma realidade inventada.
E no auge das loucuras mais sóbrias, eu tentei encontrar o que falta, o que me enlouquece, procurei, e no final? Nada. O vazio continua, quase como se já fizesse parte, quase como se fosse real.
Meus olhos estão tempestuosos, é quase como chuva. E é tudo sempre um quase, quase nada.
São minhas verdades inventadas, minha falsa realidade, meu mundo ilusionário. É um mundo criado, que está prestes a desabar. Salve-se quem puder, porque as paredes estão caindo, logo a estrutura toda desaba. Não se sabe quem se salva.
sábado, 23 de abril de 2011
Metal Contra as Nuvens
Algumas vezes a inexistência dos meus dias se torna inacreditável, eu não estou vivendo os dias, eu apenas os vejo passar, sem se quer um motivo para fazer a diferença no dia seguinte. Acho que poucas pessoas sabem o real significado de viver.
Para que adiantar preocupações futuras? Para se culpar desde cedo, antes das coisas derem seu motivo para serem culpadas? Eu não quero mais isso, não, não quero essa preocupação antecipada. Vamos deixar tudo acontecer sem a preocupação do acontecer. Dor de cabeça? Estou cheia delas.
Mas agora vamos colocar as mascaras, para que demonstrações de tristeza? Ninguém precisa saber das suas angustias, dos seus medos. É, isso ai, vamos mascarar o real sentido da nossa patética vida humana, cheio de nadas, vazio de sentidos. Vamos passar os dias inteiros sorrindo, não é nada, não é? É só um partir de lábios, o que poderia significar? Nada de pseudo-felicidade.
A verdade é que eu estou cheia de mascaras, cheia de pessoas que são felizes o tempo todo. Isso me causa medo. Alguém consegui ser feliz e sorrir sempre? Não, não consegui. E eu desconfio dessas pessoas, por que ninguém é 100% o tempo todo.
Acho que eu estou precisando me fazer existir, me fazer valer a pena. Não é normal alguém tão jovem desacreditar na vida dessa maneira.
Agora vou ir ali, ver as estrelas brilharem no céu, porque o mundo não vai parar, só porque eu parei de acreditar nele.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Sete cidades
Acho que esse foi o banho mais longo que eu já tive. Uma hora, uma hora e meia, não sei. Depois preferi dizer que eu não estive chorando, que meus olhos vermelhos eram pelo sabonete. Sei lá, não quis saber se alguém acreditou ou não. Vai ver, eu nunca tinha parado para ver minha vida deste ângulo, desta maneira tão diferente. Dessa vez não teve passado ou futuro, tudo se misturou, como se fossem um. Acho que eu nunca tinha reparado em como meu mundo é bobo, e cheio de complexidades. Acho que eu nunca quis realmente reparar.
Meus medos estavam todos lá, jogados, quase inexistentes, e eles não pareciam tão assustadores dessa vez. As promessas e a saudade voltaram, e acho que é isso que não está me fazendo dormir esta noite.
É engraçado, mais as coisas estão tão iguais de como eu pensava ser diferente, vai ver seja o medo de tentar de novo e quebrar a cara mais uma vez, acho que é melhor não me adiantar como nas vezes anteriores. Vamos deixar este ar perfeito de cinema em casa, vamos deixar as coisas fluírem sem pressa, vai ver possa ser diferente desta vez.
Eu estou te dando pistas para o caminho certo, você pode segui-los, ou não. Isso só depende de você e o esforço para aceitar meus erros e medos. Não sei se eu posso valer o esforço de entender meus mistérios, mais e adoraria que você conseguisse vencê-los.
domingo, 3 de abril de 2011
Perdidos no espaço
Tenho urgência da vida. Quero criar, realizar, mudar. Fazer mil mundos para me esconder quando a realidade pesar demais nos meus ombros. Quero que alguém diga: “Sim, eu a conheci, e nunca mais vou esquecê-la”. Quero olhar para trás, quando alcançar lá meus 70 anos e pensar: “Eu li, reli e fiz a história”.
É, caros amigos, eu não quero só ser lembrada, eu quero viver, não quero ser mais uma dessas pessoas que passam pela vida, como se não fossem nada, apenas passam. Quero descobrir e redescobrir o mundo, porque é fácil demais apenas estar nele.
Sabe, a vida passa rápido demais, não quero ficar aqui sentada enquanto tem um mundo lá fora, pronto a ser explorado. Eu não vou ver minha vida passar por mim, enquanto a rotina toma conta dos meus dias.
Eu estou pronta para o mundo, e dessa vez, nada vai me segurar.
sábado, 2 de abril de 2011
Último romance
Acho que estou me adiando demais. Quem precisa de abraços e beijos como os clichês de filmes românticos de inverno? Achei que eu precisasse, sei lá, você parecia tão perto, tão à vontade, como se tudo estivesse ao ponto de se realizar, como naqueles filmes banais de final feliz no baile, sabe? Sim, nos filmes tudo acaba bem, ficção com popularidade é igual a dólares, não?
Mas eu sei que estava enganada, e ainda não consigo encontrar uma metáfora boa o suficiente. Agora, vamos deixar subentendido, eu escondo que achei que o interesse era recíproco e você não diz a respeito de meus defeitos e carências. E eu me pergunto o que é isso no ar, se são detritos da minha falta de tato ou se é apenas mais um de meus devaneios incompletos e indecisos.
Não vou dissertar sobre minhas qualidades ou defeitos, vamos deixar um mistério, daquele tipo que não interessa a ninguém, mesmo que isto custe solidão e carência. Não quero mais precisar de alguém que diga “eu te amo” em um sussurro, enquanto me abraça, ou alguém que diga que sentiu minha falta, mesmo estando longe por apenas 1 hora. É, acho que eu não tenho muito talento para relacionamentos, me falta a coragem e a calma, o interesse alheio e a compatibilidade.
Mas acho que para mim, sobram as palavras de consolo.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Comédia romântica; Só por hoje
Dessa vez meu coração só terá a função de bombear meu sangue. Não, ele não disparará mais, sabe por quê? Não quero mais saber de relações incorretas, ou paixões não correspondidas. É, dessa vez será somente eu e meu amor próprio, e nada mais nos separará.
Pode parar de fazer charme querido, agora apenas matemática me atrai, são formulas e resultados certos, nada de incógnito na minha vida. Olhares e sorrisos, eu passo pra próxima. Chega de borboletas no estômago, tremedeiras. Como se firma os pés nas nuvens? O certo é o certo, e as paixões são incompletas.
Querido, dessa vez eu não vou mais sonhar acordada com dias que não viram, só pelo simples prazer de fazer real na minha mente caótica. E não vou mais perder horas e horas tentando simplesmente chamar a atenção, você não me vê? Que pena, amor.
Os resultados iram ser certos.
Mas sabe? Eu nunca fui suficientemente boa em matemática, às vezes o certo, não é tão certo assim.
domingo, 13 de março de 2011
A aventura; Caminhos convergentes.
Ela era apaixonada por ele, não se sabe como, eles nunca tiveram sequer uma conversa, talvez fosse pelos olhos, ou pelo sorriso dele, ninguém sabe. Ele não sabia desse detalhe, não sabia das noites que ela passava acordada, imaginando momentos que nunca iriam se concretizar. Ela o olhava timidamente, sorria às vezes, tentava ser fazer vista. Ele não a notava, não sabia se ela usava preto ou azul, nem onde estava ou o que fazia, ela era totalmente invisível. Não se sabe ao certo o que mantinha aquela paixão dentro dela. Era um dia como outro dia qualquer para ele, mas para ela era um pedacinho de, quem sabe, um sonho realizado. Houve três conversas, dois olhares e um sorriso. Depois, sem mais nada a ser dito, cada um seguiu seu próprio caminho, ninguém nunca mais o viu.
O futuro é incerto demais, hoje estamos aqui, amanha quem sabe? É triste, mas cada um segue seu próprio caminho, cada um escolhe para si o que lhe achar certo. Não se anda de mãos dadas, não se troca bilhetes ou se vive inteiramente para os outros.
As verdadeiras amizades não se vão, não se acabam. Elas permanecem, mesmo depois de muito tempo distante, mesmo depois de muita coisa vivida e separada. Nós não queremos, e até lutamos contra, mas sempre fazemos as escolhas certas, independentemente de quem ficará para trás. Ah, e a saudade… Ela vai acabando pouco a pouco com nossos sentidos, ela entorpece, ela irrita, ela machuca. Voltar para o passado, parar no presente? Nada adianta, não veremos mais aqueles que um dia estavam conosco, lado a lado, caminhando junto, e o que resta é seguir pelo futuro incerto, com esperanças e frustrações.
Sabe, esse caminho é até um pouco solitário, pode ser de trevas e folhas secas, ou de bosques repletos de flores em primavera, podem chover, formar tempestades, ou um céu azul resplandecente, cheio de cores. Pode nos fazer querer voltar, ou criar atalhos. Pode nos fazer rir ou chorar, isso só dependerá de nós, e nossas escolhas.
Talvez nós não pudéssemos criar laços por medo da partida. Mas quem liga para as dores de uma coisa incerteza? Pra que não viver o momento com medo do futuro? Quem liga pra caminhos separados, quando se tem um coração conjunto? Eu não ligo.
Aprendi que ao conhecer o mundo e as pessoas, me conheço melhor, e assim tomarei as decisões certas. Em cada momento que vivi, lutei, por idéias, sonhos, projetos...
Sei hoje, com o passar do tempo, que tive caminhos de dor, mas que ficaram no passado.
Nossos caminhos são como duas paralelas, seguem juntos e mesmo assim tão separados, convergem para o mesmo sentido, para algum lugar…
Infinito... No amanhã…
quarta-feira, 9 de março de 2011
Sistema Cardiovascular
Para mim, o coração era só um órgão propulsor do sangue, não doía, ou amava. Talvez seja, mas é estranho que só o cérebro nos faça sentir tantas coisas.
Uma vez ouvi alguém dizer “Siga o seu coração” e isso soou estranho, até um pouco cômico, porque eu nunca soube na verdade o real sentido de seguir o meu coração. Mas eu penso que, talvez, seguir o coração seja não pensar nas conseqüências de uma escolha ou atitude. Agir por impulso sem se preocupar.
Sei, sigo meu coração sem saber, quando menos espero, faço coisas sem pensar, sem entender.
Ma eu prefiro pensar nas minhas escolhas, trilhar meu próprio caminho, porque o destino é pra quem tem preguiça de passar por barreiras, de destruir muralhas e passear sem pontes. Mas é como dizem, nosso coração sempre tem a razão, não é verdade?
domingo, 27 de fevereiro de 2011
So far away...
Sabe, eu sou bipolar, vou da alegria à tristeza em segundos, posso sorrir como a pessoa mais feliz do mundo, para logo depois chorar como a mais infeliz.
É, essa confusão de sentimentos é grande, e eu não consigo controlar. Mas acho que tudo isso aumentou quando eu encontrei seu sorriso no meio de tantos outros. Você não sorria pra mim, é claro, mas seu sorriso mexeu comigo garoto, você não sabe o quanto. E eu me arrependi de não ter reparado no teu sorriso antes, porque você esteve lá por tempo demais, e eu não vi.
E esse é outro de tantos defeitos que tenho, não reparo nas coisas, apenas quando elas vão embora. Sabe, acho que eu estava presa em um mundinho platônico, e esse mundinho era minha área de conforto, nunca foi cômodo sair de lá para reparar nos sorrisos a minha volta. Sabe, o sol batia no seu rosto e alguma coisa refletiu em mim, e eu agradeço a isso, pois meus pés nunca estiveram tão longe do chão como naquele momento, foi uma sensação única, meio clichê também, mas meu coração agradeceu com cada batida descompassada enquanto você passava por mim sem nem ao menos me notar.
Entre tantas coisas que eu gostava em você, seus olhos eram os que mais me confundiam. Era estranho, eu me perdia neles sem você nem se dar conta, e eu adorava a sensação, eles eram como ‘céu cinza chuvoso’. Eu sei que nunca foram assim, cinzas, mas eu sei que amaria eles em qualquer forma e cor.
Eu odeio não ter auto-controle. Odeio quando a vergonha me faz não sorrir de volta, e então você chegou e quebrou essa barreira, ainda não sei como, mas você conseguiu fazer com que essa vergonha de ‘olhar de volta’ não existisse quando se tratava de você, mas eu agradeci, mesmo meu auto-controle chegando a zero quando você estava perto, e eu não tinha noção de mais nada.
Lembro-me de quando uma das minhas melhores amigas disse “Tudo que é bom dura pouco”, e o tempo que eu tinha passava rápido, rápido demais. Logo só restaram cinco dias, apenas cinco dias, e eu não te veria mais. Não haveria mais sorrisos e olhares, não haveria mais nada. Sim, eu te queria perto, tanto quanto eu nunca quis na vida, mas era tão difícil chegar até você, mesmo com amigos em comum, e eu tentava falar com você quando eu podia, mas eu sei querido, você nunca deu a mínima, e eu não te culpo.
Eu que fui a idiota da história, e eu continuo sendo. Porque eu ainda guardo para mim todos aqueles cinco dias.
Sim, dois monólogos não fazem um diálogo, uma pergunta sem resposta também não.
Os dias se passaram como se fossem um, e o último minuto chegou, aquele que eu queria evitar a qualquer custo. Eu nunca quis tanto o dom de poder parar o tempo quanto naquele dia. Você não sentiu nada, nem sequer notou minhas crises de bipolaridade. Garoto, eu senti em dobro. Você nunca teve motivos para se aproximar, nunca teve vontade, e você não sabe quanto isso machuca. O dom de me fazer invisível era só seu.
E nunca vou esquecer o momento que eu fui embora, e depois você nem sequer olhou pra trás. Por mais que doesse, eu ainda queria me agarrar a um fio de esperança. E você nunca deixou nenhuma, eu que sempre alimentei expectativas falsas. Aquele dia eu não chorei, meu pensamento de “isso vai passar tão rápido quanto veio” ficou presente a noite toda. E nós entramos de férias.
Um mês depois eu vi você, e tudo aquilo que eu não tinha esquecido voltou mais forte ainda. Foi um pequeno olhar, algo como um “Oi” e lá estava a idiota, sonhando acordada novamente. Esse foi meu maior erro, pois logo eu consegui descobrir como poder lhe ver de novo, e eu o fiz. Um diálogo e tanto, duas frases, e seu sorriso me tirou do controle de novo.
Aquilo me fez voltar lá novamente, e ainda não entendo se foi pressa, ou se você só não estava com vontade de olhar meu sorriso idiota de quando você está por perto, e você fingiu que não me viu. É garoto, na verdade eu queria que você tivesse fingido, pois pelo menos seria algum tipo de sentimento, mas eu sei, no fundo do meu coração eu sei, você não me viu, e sabe por que isso não me alivia? Porque eu nunca consegui chamar sua atenção, nem muito menos prender ela.
Sabe, eu me sinto meio perdida, e ainda procuro nos outros um pouco de você, e quando eu encontro alguma mínima coisa que me faz lembrar você, é ainda pior.
Acho que minha ficha ainda não caiu, e que a estúpida esperança de ver você de novo continua comigo. Mas eu não vou mais voltar a te ver, nem vou mais arrumar pretextos para isso. Porque inevitavelmente as coisas não foram como eu esperava, e as coisas mudaram. Eu sinto falta dos meus amigos, das bagunças, do lugar, e olhar em volta e não ver mais nada do que era, me cansa e machuca. E de tantos sentimentos que eu tenho, a saudade é a pior deles.
Eu também não gosto quando as coisas chegam ao fim, ou tem que chegar. Não gosto de despedidas, nem de abraços e lágrimas, mas pra mim não vai ter nada disso, e eu agradeço por isso, por não ter que me despedir de você como fiz com os outros. E essa é minha deixa garoto, mesmo sabendo que você nunca lerá isso, e nunca saberá de nada, preciso acabar por aqui.
Eu queria que você soubesse que eu sinto a sua falta, e que eu amo o jeito que você sorri.
And the light you left remains but it's so hard to stay, when I have so much to say and you're so far away... (8)
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
O que você é e o que você finge ser.
Fingir é fácil demais. Todos nós fingimos. E é meu bem, eu também sei fingir. Sei fingir que não me importo, sei fingir que não sinto, sei fingir que não quero. Mas meus olhos me denunciam, e se você prestar atenção, vai conseguir ver uma brecha de verdade, uma pontinha de sentimentalismo.
Mas o que eu sou não é o que eu finjo ser. Porque o que eu sou desmorona quando chego em casa e olho meus olhos no espelho, e querido, eles não me deixam mentir, e isso é o que eu mais machuca, o que mais dilacera. Porque eu não consigo ficar fingindo o tempo todo entende? Eu não consigo fingir para mim mesma que está tudo bem. Eu finjo ser forte, mas na verdade eu sou fraca. Eu faço das palavras as minhas lágrimas, mas choro sozinha num canto, quando não tem ninguém para me ver chorar.
E o resto é imperfeito...
Sabe, eu sempre sonhei com o dia em que alguém veria o que eu sou de verdade, alguém que mergulhasse fundo e desvendasse meu interior. Que conhecesse meus medos e minhas vontades, que me aceitasse e gostasse de estar comigo, mesmo nos meus momentos de insegurança e aceitação. Porque eu acreditava em final feliz e felizes para sempre, eu acreditava em beijos antes dos créditos e amores verdadeiros, eu acreditava. Mas querido, você mudou tudo. E eu não me importo com nada, nem com beijos sinceros ou final feliz. Por que eu daria a eternidade inteira só por um momento.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Pode ser que ninguém me compreenda…
São tantos apagos e escritos, onde quero dizer tudo, mas não consigo dizer nada, onde minha mente não tem limite, mas quando tento passar o que penso, as palavras ficam limitadas demais para qualquer tentativa inútil de querer me expressar. São tantas releituras que depois de algum tempo, as coisas perdem os sentidos, perdem a vontade de continuar. São tantos começos inacabados, tantas folhas jogadas sem ao menos um ponto final, são somente virgulas, onde não consigo continuar, ou apenas não mais tento.
Queria poder ser mais, poder mais e tentar mais, porque todas as vezes em que algo me abala, são apenas restos do que posso, são apenas manchas do que era. Todos esses pensamentos, gostos e caráter, são coisas demais para alguém querer saber ou tentar descobrir.
Os dias estão tediosos demais, as horas se arrastam e o controle da TV está pesado demais para apenas desliga-la. Trocar o dia pela noite? Por que não? O sol não me atinge mais, e e estou cansada demais para tentar qualquer coisa.
All that I’m asking for
Knowing mistakes are being mistaken again
It's in the past tense
There is no making sense of it now
(…)
The time that we spent
Trying to make sense, of it all
(…)
All that I’m asking for
You're all that I’m asking for
Você sorriu e veio até mim. É engraçado, que com um simples sorriso você conseguia tanto… Você tirava tudo de mim, mesmo sem querer, mesmo sem pensar. Era um sorriso com covinha e sem sentimentos, que fazia mil borboletas voarem no meu estômago. Mas acho que pensei demais e agi de menos. Eu te evitava, mas não poder te ver me frustrava. Porque eu te queria por perto, mas te mantinha longe, acho que era uma tentativa masoquista de não me apaixonar Mas você quebrou qualquer tipo de barreira, você se apossou de minhas formas de controle, e você me controlava, mesmo sem saber, mesmo sem querer. E eu não hesitava, não pensava e não tentava.
It's in the past tense
There is no making sense of it now
(…)
The time that we spent
Trying to make sense, of it all
(…)
All that I’m asking for
You're all that I’m asking for
Você sorriu e veio até mim. É engraçado, que com um simples sorriso você conseguia tanto… Você tirava tudo de mim, mesmo sem querer, mesmo sem pensar. Era um sorriso com covinha e sem sentimentos, que fazia mil borboletas voarem no meu estômago. Mas acho que pensei demais e agi de menos. Eu te evitava, mas não poder te ver me frustrava. Porque eu te queria por perto, mas te mantinha longe, acho que era uma tentativa masoquista de não me apaixonar Mas você quebrou qualquer tipo de barreira, você se apossou de minhas formas de controle, e você me controlava, mesmo sem saber, mesmo sem querer. E eu não hesitava, não pensava e não tentava.
Me lembro dos seus olhos, tão escuro, tão brilhantes e tão cinzas. Lembro do jeito que o sol batia no seu rosto. Me lembro de seus olhos longes e de seu corpo imóvel, quando fui embora. Eu fui embora e você ficou lá, sem olhares e sem sorrisos. Eu lhe dei as costas e mesmo assim olhei pra trás, olhei pro tempo que eu não mais possuía, olhei para os dias que se passaram depressa, olhei pro seus olhos, mas você não mais me viu. E não tiveram mais sorrisos, olhares ou tempo. Apenas o som dos meus passos. O som do meu coração. Sem lágrimas, sem sorrisos.
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